(Paraná) Todo apoio à ocupação Bela Vista! | Guarapuava

Guarapuava, 17 de fevereiro de 2016.

Saudações Anarquistas!

O Núcleo Anarquista Guarapuava NAG saúda a recente Ocupação Bela Vista que surgiu no início dessa semana na Colônia Vitória, Distrito de Entre Rios na cidade de Guarapuava-PR.

A ocupação ocorreu devido às precárias condições em que viviam os moradores do chamado “beco”, região de favelas da vila dos brasileiros. Sem saneamento, sem água e luz, correndo riscos (recentemente houve um incêndio e dez famílias perderam suas casas), havia a possibilidade de contaminação pela dengue e zica vírus, com focos constatados. A situação de calamidade do beco fez com que as famílias tomassem uma atitude independente da burocracia estatal.

A área ocupada abriga mais de 230 famílias com a possibilidade de abrigar muitas outras mais. A prefeitura de Guarapuava entregou a posse de 97 terrenos e de 1 casa há seis anos para 97 famílias. Os moradores estavam esperando a revitalização do local, pois trata-se de uma área urbanizada aos arredores da Cooperativa Agrária Industrial, maior cooperativa de malte da América Latina, gerida por cooperados descendentes de europeus refugiados da Segunda Guerra Mundial. Em 1945, croatas, húngaros e alemães

Conhecidos como suábios do Danúbio ganharam 22 mil hectares que foram distribuídos de 15 a 30 para cada uma das famílias. O governo brasileiro entregou as terras para que cerca de 500 famílias recomeçassem suas vidas, ganharam a melhor terra, ganharam financiamento junto ao governo brasileiro e apoio internacional do governo europeu para não sofrerem nas terras tupiniquins. De 1945 até hoje, exploram a mão de obra barata dos chamados “brasileiros”, os quais trabalham na cooperativa como chão de fábrica, na construção civil ou nas casas dos suábios, como jardineiros, empregadas domésticas, babás ou nos serviços gerais.

A Luta é por terra! Direito dos brasileiros que estão vivendo em situação de miséria, sem auxílio e sem recursos, seus terrenos medem 9×21, foram medidos pelos próprios moradores que encontram-se acampados em barracos de lona. Uma horta já foi iniciada com o trabalho autônomo dos ocupados, que coletivamente fazem a gestão da ocupação.

Mulheres e homens estão na linha de frente resistindo às ameaças da polícia.

Os representantes do Estado tentam coagir os ocupantes com a promessa de que as 97 casas serão construídas, entretanto, há muito mais pessoas precisando de um terreno. Aos poucos o número de desabrigados aumenta, estão saindo das valetas do beco e vislumbrando horizontes mais dignos nesta terra dita “de todxs”.

PUBLIQUE-SE.

“Quando morar é um privilégio, ocupar é um direito!”

Ocupa e resiste!

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(Machismo) Sobre a carta pública contra agressões machistas em organizações especifistas da Coordenação Anarquista Brasileira

Minhas ressalvas: a carta em si já é uma excelente iniciativa, já que muito raramente organizações anarquistas reconhecem publicamente atos de machismo.

Porém o que incomoda bastante é a sensação de que a carta foi lançada somente para colocar panos quentes.

O texto fala de “casos” de agressões machistas mas não especifica em nenhum momento o que motivou a escrita do mesmo. Tampouco expõe os agressores machistas, deixando-nos a duvidar do tipo de tratamento que foi dado a essas agressões (não se fala de método prático algum para lidar com essas denúncias).

Outra questão, talvez a mais pertinente é: quem escreveu essa carta? Foi um coletivo de mulheres formado por membrxs de organizações integrantes da CAB? Uma comissão formada para isso? Isso não está nada claro.

Tendo em vista o peso do lugar de fala, como mulher anarcafeminista, considero de extrema importância que esta carta fosse escrita por quem de fato viveu essas agressões para esperar o mínimo de contundência no tratamento dessas denúncias e uma real desconstrução de atitudes machistas no seio da CAB.

Por D.


Segue abaixo a carta na íntegra (original aqui):

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(Brasil) Abaixo a lei antiterrorismo, o povo quer liberdade e direitos sociais!

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ABAIXO A LEI ANTITERRORISMO | O povo quer liberdade e direitos sociais!

O Congresso Nacional, instância maior do Estado dos ricos e inimigos do povo, aprovou ontem (24/03) a famigerada Lei Antiterrorismo, que agora segue para sanção da presidente Dilma (PT-PMDB). Essa Lei antipovo estava em discussão no ano de 2014 e agora, vésperas de Olimpíadas, é aprovada em regime de urgência. Vale ressaltar que foi aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados por 50 deputados do PT (dos 54), em conluio com a oposição burguesa (PSDB, DEM, etc.).

A lei tem claro intuito de enquadrar as lutas populares como ações terroristas e aumentar a repressão aos movimentos autônoma da classe trabalhadora, ou seja, tornar lei o que já ocorria de fato. A lei não faz qualquer distinção sobre as motivações que levaram a ações violentas por parte do povo. O objetivo do Estado é criminalizar e punir, e em meio ao ajuste fiscal impedir que o povo possa exercer pressão real sobre as classes dominantes.

A aprovação da lei antiterrorismo em meio ao oportunismo eleitoreiro da disputa “Fora Dilma X Fica Dilma”, deixa claro que são dois lados da mesma moeda. Os governistas criam uma ilusão de democracia na qual só se beneficiam suas burocracias sindicais e partidárias, pois aceitaram ajoelhar-se frente aos empresários, latifundiários e torturadores de ontem e de hoje. Eis a “democracia” que os oportunistas nos chamam a defender! O que estamos vivendo é o avanço do Estado militarismo, é a política da contra-revolução aplicada pelo governo do PT-PMDB-PCdoB. Nós, trabalhadores e revolucionários, dizemos: Organizemos a resistência contra a repressão, criminalização e contra a retirada de direitos do povo trabalhador!

Nenhuma lei poderá deter a revolta popular!

O povo sabe que o único terrorista existente no Brasil é o Estado brasileiro!

Por UNIPA – União Popular Anarquista

(Rio de Janeiro) Apoio Urgente para a Vila Autódromo

ALERTA GERAL!

Hoje, a prefeitura do Rio de Janeiro mostrou que não está brincando ao preparar a cidade para as Olimpíadas.

Utilizou contra nós todo tipo de violência, desrespeito. Agiu com imensa covardia. Ela está tentando nos sufocar de todas as formas. Conseguiu imissões na posse para três imóveis e espalhou o terror dizendo que os cumpriria todos de uma vez. Pressão, pressão, pressão. Por todos os lados.

Agora, mais do que nunca, precisamos de TODOS os nossos apoiadores! Quem puder vir HOJE para cá, será importante e necessário! Acionem suas redes e contatos. Toda solidariedade agora é necessária.

Nós vamos ficar!
A prefeitura não vai nos silenciar!
Chega de violação dos nossos direitos!

Por Moradoras/es da Vila Autódromo

(Grécia) Eldorado Gold: À merda!

Skouries

Texto da coletividade anarquista “Anarquistas pela liberação social” (AKA), publicado na sua página web.

A ameaça da empresa de extração de ouro pelo governo que, não recebendo uma resposta positiva até ao próximo mês de março, parará o seu funcionamento em Calcídica, leva a vários temas para debater e refletir. Também leva a uma conclusão fixa. Os meios de desinformação massivos começam a publicar os primeiros “super dramas” sobre os postos de trabalho que se vão perder. Se o partido governamental Syriza não assume uma posição fixa sobre este tema (independentemente das suas promessas eleitorais), todos os demais partidos estão a favor do funcionamento das minas. Só uma pequena parte da esquerda extraparlamentar tem opinião diferente sobre o tema (1). Como anarquistas estamos contra esta “inversão” desastrosa.
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