Category Archives: Relatos

CISNE NEGRO

Relatos de um anarco-individualista num mundo autoritário.

Quantas vezes você, meu amigo anarquista, ja não ouviu em foruns, plenárias, reuniões ou em simples encontros anarquistas as seguintes frases:
“Precisamos nos organizar!”
“Devemos ser combativos!”
“Somos responsáveis por fazer a revolução!”

A todos esses eu diria NÃO. A esses e a todos que usam esse tipo de premissa imperativa, onde o interlocutor não usa absolutamente nada a não ser SUA PRÓPRIA visão de mundo para decidir que mundo é o ideal e que ações devemos tomar para um dia talvez alcança-lo.

Quer se organizar meu amigo? Organize-se! Mas encontre pessoas num círculo de afinidade e que tenham a mesma visão de organização e os mesmos objetivos que você. Simplesmente pare de tentar convencer os outros da SUA idéia de organização e lembre-se que nenhuma idéia pode ser imutavel, que sua idéia não é uma rocha.

Quer ser combativa minha amiga? Seja! Mas ao invés de saliva autoritaria, gaste seus coquetéis molotov na policia. Faça-os recuar quando estiverem vindo para a repressão. Convença as pessoas através de exemplos e não com seus malabarismos retoricos. Não chame para a linha de frente quem não tem a menor condição de segurar a onda.

Quer fazer revolução meu caro? Faça! Faça a sua revolução. Não se prenda a revoluções dos livros de historia, pois essas ja não cabem mais no mundo de hoje. Ou ao menos respeite quem pensa que esse tipo de revolução não funciona mais, assim como respeitaremos você.

Que mundo ideal pode ser proposto por uma unica pessoa ou grupo?
Que pessoa ou grupo seria capaz de idealizar esse mundo ideal COMUM A TODOS?
Fechados em nossos clubinhos tudo parece lindo quando vestimos o mundo de preto. Só que a relidade vai muito além do que alcançam nossos olhos e nossas mentes. Sempre haverá um cisne negro no meio de um milhão de cisnes brancos, para jogar por terra todas as nossas teorias e achismos.

Com essa fundamentação básica, gostaria de trazer a tona o que considero ser o principio basico da organização: A LIVRE ASSOCIAÇÃO.
Muitos pensarão: Ah mas isso é óbvio.
Talvez em nossas cabeças isso seja óbvio, mas seria tão óbvio assim na pratica?
Se é óbvio, porque continuamos vendo grupos anarquistas imporem suas visões de mundo a outros?
Porque continuamos vendo pessoas serem convencidas da visão de mundo de outras pessoas dentro deste grupo?
Porque continuamos vendo surgirem grupos anarquistas propondo sua própria revolução e esquecendo de combinar com o povo?
Sairemos algum dia de nossos castelos?

Pois bem, dito isso passamos ao proximo ponto: Organizar-se ou não?
A resposta para essa pergunta é sim e não.

SIM quando o individuo sente a necessidade de se organizar com outros individuos a fim de somar esforços para um objetivo maior.

NÃO quando um individuo ou grupo convence outro individuo ou grupo a organizar-se. Pois nesses casos a questão maior não é realizar objetivos e sim uma disputa ou mostra de poder apenas. “Somos grandes e organizados, portanto seremos nós os porta-vozes da revolução”

A esse segundo grupo, meu sincero FODA-SE.

A conquista diária da minha liberdade, por mais limitada que seja, jamais será atravessada por questões pessoais de outro(s) individuo(s).
Essa conquista é meu bem mais precioso e me agarrarei a ela com unhas e dentes.
Simplesmente não me diga o que eu devo fazer.
Faça! Faça você mesmo 10 vezes se achar necessário.
Seja você o exemplo do que quer para o mundo, pois se sua idéia for realmente genial, seu exemplo será automaticamente seguido e assim você poderá, pular toda a parte do malabarismo retorico que você faz pra tentar convencer os outros em suas reuniões secretas.

Consta ai então, uma breve defesa do individualismo como fator essencial para qualquer tipo de organização ou ação não-autoritaria e condizente com o mundo libertário.

Lembre-se que mesmo sendo pobre, talvez não seja negro.
Que mesmo sendo indio, talvez não seja mulher.
Que mesmo sendo gay, talvez não seja trans.
Não é a quantidade ou a falta de privilégios que irá fazer com que o mundo perfeito seja igual para todos.
Ja parou pra pensar que talvez eu não queira o seu mundo ideal para mim?
O mundo perfeito será sempre apenas o NOSSO PROPRIO mundinho perfeito.
Por isso jamais diga para mim qual seria o meu mundo perfeito. Você nunca saberá.

O nosso trabalho individual consiste em acordar em nós mesmos o cisne negro que existe dentro de nós.
Talvez um dia, quem sabe, quando os cisnes negros forem muitos, a revolução terá acontecido e sequer termos nos dado conta.

J.

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(Noruega) Vestbredden Vel Vel, em Oslo, uma das ocupações mais antigas da Escandinávia, sob risco de despejo

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O trabalho do coletivo Vestbredden Vel Vel que reside no Hausmannsgate 40 em Oslo está sob ameaça de despejo.

A prefeitura de Oslo está perto de terminar um processo de vendas a longo prazo que, se for aprovado pelo conselho da cidade, o que provavelmente ocorrera, irá resultar na expulsão e demolição da mais velha ocupação existente na Escandinávia.

Páginas da ocupação e do coletivo: www.vestbredden.net & www.hauskvartalet.org.

Leia o comunicado de imprensa do coletivo:

Comunicado de imprensa de Vestbredden

13 de abril de 2016

Sim, não foi bacana.

As políticas requerem dinheiro. Mas quem realmente decide isso, e isso é aceitável?

Um indivíduo não precisa ser um gênio político ou econômico para ver que algo está errado e que as políticas partidárias, em toda a sua simplicidade, apenas desejar auxiliar as forças do mercado, às cutas dos aspectos humanos, ecológicos e culturais.

Com a informação de que a gigante imobiliária Urbanium A/S, tendo Espen Pay como diretor administrativo, possui planos de demolir  Vestbredden se a venda de Hauskvartalet (localizado no bairro Haus) for aprovada pelo conselho municipal de Oslo, está mais do que claro que o conselho político da cidade está dando carta branca parlamentar para o aniquilamento de Vestbredden.

O fato que de que essa informação foi retida e que eles, como políticos “responsáveis”, continuam com suas mentiras inabaláveis, defender uma remoção e demolição de uma coletividade residencial, funcional, ecológico e que também serve como espaço de trabalho, gerenciada pelas pessoas que ali circulam, pode apenas ser visto como um escalamento repressivo onde a elite municipal atua, infelizmente, como principal força motriz.

Espen Pay diz que ele quer criar algo duradouro em Hauskvartalet. Demolir um prédio residencial com 130 anos de história, Barrikaden, um dos mais importantes cenários underground de Oslo, ao mesmo tempo colocar na rua um dos coletivos autogeridos mais antigos da capital, não pode ser chamado de criar alguma coisa, só pode ser chamado de destruição!

Vestbredden se distancia do uso da violência e não irá, sob forma alguma, tomar iniciativa em qualquer ação violenta. Mas nós não temos absolutamente nenhum plano para deixar nossas casas voluntariamente e qualquer forma de poder utilizada para alcançar esse objetivo vai ser reconhecida como mais um ataque a toda a cultura em si.

Que eles conscientemente optaram por irem nessa direção, onde conflito é praticamente inevitável, parece incompreensível e devemos deixar bastante claro que a responsabilidade é total da elite do município pelos efeitos colaterais desse tipo de ação.

É triste ver partidos operários no bolso das grandes corporações, mas nós estamos felizes em ver que o apoio está começando a ganhar forma em contraste a esse ataque.

A comissão financeira irá, no dia 28 de abril, revelar sua posição ao conselho municipal quanto se eles devem vender Hauskvartalet ou não. A votação no conselho irá acontecer, provavelmente, entre 11 de maio e 15 de junho. Se o comitê financeiro escolher seguir a recomendação da prefeitura de vender, nós encorajamos todos os representantes do conselho municipal a estudar profundamente o caso antes de dar o seu “veredicto”.

(Rio de Janeiro) Sobre o julgamento de Rafael Braga Vieira

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Postado originalmente por Cumplicidade.

No dia 12 de abril a audiência que ia determinar ou não se Rafael Vieira ia seguir em prisão foi prorrogada para o dia 11 de maio já que um testemunha da defesa não compareceu. Reuniu-se uma galera na frente do tribunal de justiça para dar uma força solidaria a Rafael e manifestar sua indignação.

Lembramos que Rafael foi preso durante as manifestações de junho de 2013 no Rio, acusado de porte de explosivos enquanto levava na mão uma garrafa de detergente pinho sol. Depois de passar mais de dois anos preso, sai às ruas com “arresto domiciliar” e logo foi forçado a usar um tornozelo eletrônico. Porém, foi pego novamente, de caminho à padaria, foi espancado e torturado. Logo, Rafael foi conduzido à 22ª Delegacia de Polícia (Penha). Somente ali, de acordo com o advogado, ele se deparou com 0,6 g de maconha, 9,3 g de cocaína e um rojão, cujo porte lhe foi falsamente atribuído pelos policiais que o prenderam.

A insistência do estado em querer deixar Rafael atrás das grades é uma expressão clara que neste território, a justiça se faz a base de racismo institucionalizado. O caso é tão absurdamente ridículo que deixa ainda mais claro a urgência que temos por criar nossos próprios códigos e valores, nossas próprias maneiras de fazer justiça também… Frente a esta violência racista institucional, solidariedade é ação direta!

Força e liberdade para Rafael!

(Estados Unidos) Relato de anarquistas de Pittsburgh sobre os confrontos no Comício de Trump

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Tradução pela Agência de Notícias Anarquistas-ANA

No dia 13 de abril, anarquistas de Pittsburgh participaram de um ataque a um comício da campanha de Donald Trump. Essa é uma mensagem de alguns dos organizadores desse contingente anarquista, trazendo reflexões sobre nossa atual situação.

No dia 11 de abril, a campanha de Trump anunciou planos para dois eventos num mesmo dia, em bairros diferentes de Pittsburgh. No início do dia, ele participaria de um town hall com Sean Hannity em Oakland, um bairro universitário da cidade, e à noite iria realizar um grande comício no centro da cidade. Quase imediatamente, diferentes setores da Esquerda lançaram chamadas para ações e começaram a planejar manifestações. Pouco depois, vieram as tão comuns ameaças da Direita de confronto armado com os manifestantes.

Ações contra o evento de Trump em Oakland foram convocadas por vários grupos ativistas estudantis no campus da Universidade de Pittsburgh, bem como pelo WHAT’S UP?!, um grupo local anti-racismo. O ANSWER, uma frente da seção de Pittsburgh do Partido pelo Socialismo e a Liberação, lançou um chamado para uma reunião e para a marcha ao evento principal da campanha de Trump no centro da cidade.

Anarquistas e antifascistas autônomos sabíamos desde o início que nosso objetivo principal era a perturbação total e o confronto tanto com Trump quanto com seus apoiadores. Nós sentimos que as organizações estabelecidas, como o WHATS UP?! e o ANSWER, poderiam ambas trabalhar para atrapalhar esse objetivo em favor de suas próprias visões do que consistiria numa ação anti-racista bem sucedida. Nós escolhemos organizar nosso contingente de um modo que maximizasse nossa autonomia e nosso controle de nossas ações e desejos.

As ações contra os eventos de Trump começaram no início da tarde em diferentes partes da cidade, mas, para os propósitos deste texto, focaremos nos eventos relacionados ao comício principal de sua campanha, no centro de Pittsburgh. Nós escolhemos esse foco porque foi aqui que se situaram as energias principais da organização antiautoritária, e também porque nós sentimos que ele oferece um roteiro para a luta contra a supremacia branca da Direita.

A aglomeração principal de anarquistas estava a algumas quadras do evento de Trump e estava programada para coincidir com a chegada de outras marchas de diferentes partes da cidade. Nós não estávamos cientes das intenções, número ou nível desejado de interferência dos outros grupos, mas imaginávamos que nossa melhor aposta era sincronizar nossa marcha para encontrar as outras aglomerações depois que já tivessem chegado ao centro de convenções. Isso nos permitiria levar uma onda de nossa energia e número, e ao mesmo tempo, fazer avançar com nossa força adentro na multidão de apoiadores de Trump para atingir nosso objetivo inicial de confrontação.

Fomos bem sucedidos com essa tática. Nosso contingente veio preparado com uma dúzia de bandeiras negras e bandeiras da Ação Antifascista, armadas sobre fortes mastros, e uma grande faixa preta. Ao chegarmos ao centro de convenções, marchamos e atravessamos uma aglomeração de apoiadores de Trump, afastamos barricadas e avançamos até a entrada principal do prédio. Muitos outros manifestantes já haviam chegado longe e estavam bloqueando as estradas; outros nos seguiam através do buraco que criamos na multidão. Quando o nosso contingente chegou à entrada, a confrontação física imedita irrompeu ao marcharmos diretamente para linha que leva para dentro do prédio. Apoiadores de Trump foram abordados, golpeados e atingidos com spray de pimenta à medida que tentávamos abrir caminho.

Durante esses combates, a polícia chegou, realizou algumas prisões aparentemente aleatórias daqueles não envolvidos nos combates e no uso dos sprays de pimenta e formou uma linha entre nós e o grupo de apoiadores de Trump. As pessoas então acenderam sinalizadores e começaram a arremessar objetos por cima da polícia na direção da linha de apoiadores, e repetidamente tentaram avançar. A esse ponto, estava claro que o comício lá dentro já havia começado e que as pessoas com as quais estávamos lutando eram aquelas presas do lado de fora, incapazes de entrar.

Após cerca de uma hora disso, o comício de Trump terminou e os presentes começaram a deixar o lugar pelas saídas. A multidão correu para as saídas, perseguindo-os, gritando com eles, empurrando-os e usando sprays de pimenta contra as pessoas enquanto saiam. As saídas foram bloqueadas e a polícia dentro do centro de convenções redirecionou os apoiadores para portas que estavam foram do nosso alcance. Apesar disso, retardatários continuaram a seguir caminho para dentro da nossa multidão e foram provocados e atacados. A polícia municipal e a polícia do condado finalmente vestiu o equipamento anti-motim e formou uma linha para limpar as ruas. Sem mais detenções, a multidão dispersou e o evento acabou.

Nossa situação:

Nós vemos o crescimento de Donald Trump como um aspecto importante da resposta direta da Direita ao movimento Black Lives Matter, à presidência de Barack Obama e àquilo eles vêem como uma ameaça existencial à supremacia branca nesse país. Essa reação da Direita tem assumido outras formas, como temos visto com o impasse armado do rancho Bundy, a ocupação do Malheur National Wildlife Refuge e o tiroteio sem vítimas fatais perpetrado por nacionalistas brancos contra manifestantes durante uma manifestação contra a violência policial em Minneapolis.

De acordo com The Atlantic, além dos marcadores demográficos de pertencimento às classes mais baixas, de branquidade e de baixo nível de escolaridade, o fator principal que une a base de Trump é o apoio ao autoritarismo e à supremacia branca. As principais questões políticas da campanha de Trump tem se enraizado na criminalização geral, detenção e expulsão de mulçumanxs, árabes, latinxs, negrxs e outrxs não-brancxs dos Estados Unidos.

O apoio a Donald Trump, e portanto também a esses objetivos, são o bastante para justificar-se como alvo de violência anti-racista.

Acreditamos que esses eventos recentes marcaram uma mudança na luta política desse país. Uma parte cada vez maior da população tem abandonado as forças políticas tradicionais em troca de “outsiders” vistos como estando nas margens, tais como Trump e Bernie Sanders. Nós vemos um desenvolvimento da demarcação entre a Esquerda e a Direita – entre aqueles que apoiam o controle corporativo de recursos, a expulsão de não-brancos e o aumento da militarização da polícia para a pacificação urbana, e aqueles que apoiam a autonomia individual, a propriedade coletiva dos recursos e a justiça racial e socioeconômica. A estrutura inerentemente bilateral do sistema americano de partidos políticos nos deixa com movimentos sociais e políticos corrompidos – a “Esquerda” deve abandonar suas tendências marxistas para adequar-se à narrativa Democrática, enquanto que a “Direita” deve se esforçar para encaixar sua ideologia supremacista branca judaico-cristã autoritária dentro do establishment Republicano.

Como pudemos ver no evento de campanha de Trump em Chicago, nas ruas de Minneapolis e no centro da cidade de Pittsburgh há algumas noites, o conflito físico entre militantes dessas duas forças – entre aqueles que querem manter a supremacia branca e aqueles que querem ver sua abolição – veio à tona e ao primeiro plano do discurso político americano. Nós vemos aqui uma oportunidade de atacar vigorosamente ambas as estruturas políticas americanas dominantes, e ao mesmo tempo contra-atacar as tendências de extrema-direita que observamos com a ascensão de Donald Trump à fama política.

Temos a esperança de que a ameaça colocada pela Direita supremacista branca, bem como o aproveitamento das oportunidades de que falamos, possam ajudar nossos movimentos a se situarem mais claramente na luta por libertação. A autodefesa combativa contra o autoritarismo pode ajudar a adquirir a autonomia individual e coletiva necessária em qualquer revolta libertadora que venha a ocorrer. Nós vemos este como um tempo para os anticapitalistas libertários aprenderem a levar a sério a ameaça colocada pela nova Direita e a dar os passos necessários para combater com força as estruturas da supremacia branca. Este não é um tempo para introspecção e auto-reflexão crítica sobre a práxis anti-racista popular, mas um tempo para a mútua autodefesa e a força coletiva contra o sistema americano de apartheid da supremacia branca.

Chegou o momento de Queimar a Colônia Americana.

De seus camaradas das colinas e vales de Pittsburgh, Pensilvânia.

 

(Cacaulândia) Acampamento Hugo Chaves é incendiado por pistoleiros

 (Foto: )

O Vale do Jamari, em Rondônia, região que concentrou a maior parte das mortes por conflitos agrários no país em 2015, segundo o Relatório da Comissão Pastoral da Terra, registrou mais um ataque contra trabalhadores rurais sem terra.

Desta vez, o alvo foi o Acampamento Hugo Chaves (MST), que reúne 110 famílias. Na noite do último sábado (2/4), depois provocações ocorridas na sexta-feira, o acampamento foi invadido por cinco pistoleiros da Fazenda Nova Vida, que agrediram e ameaçaram as pessoas.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Ariquemes, denunciando esta ação criminosa. Hoje, os feridos realizaram exame de corpo de delito, que comprovaram a violência.

Na tarde da segunda-feira, 4 de abril, os pistoleiros cumpriram a promessa de voltar ao acampamento. Desta vez vieram em maior número, cerca de quinze pessoas, fortemente armadas e já chegaram atirando, amedrontando quem estava por perto, inclusive crianças e mulheres grávidas. Dez minutos depois, retomaram o ataque, indo de barraco em barraco até expulsar todos os acampados, que se dispersaram na mata. As ameaças não cessaram e os pistoleiros prometeram voltar para queimar o acampamento.

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