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(Comunicado) Aprenda mais sobre Cultura de Segurança Digital com o Security in-a-Box

Security in-a-Box é um guia de segurança digital para ativistas e defensores dos direitos humanos espalhados pelo mundo.

Se você é novo ou nova na segurança digital, os Guias de Referência abrangem os princípios mais básicos, incluindo conselhos sobre como usar plataformas de redes sociais e telefones móveis com mais segurança. Os Guias Práticos oferecem um passo-a-passo para ajudar você a instalar os softwares e serviços de segurança digital mais essenciais.

Ambos estão disponíveis em português.

Os Guias Comunitários (em inglês apenas) se concentram em grupos específicos de pessoas — às vezes em regiões específicas — que enfrentam graves ameaças digitais. Eles incluem conselhos sobre ferramentas e táticas que são relevantes para as necessidades destes grupos especiais sob medida.

Security in-a-Box foi desenvolvido em conjunto pela Front Line Defenders e Tactical Technology Colletive, junto com uma rede global de centenas de atividades, formadores e especialistas em segurança digital.

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(Comunicado) Nota Pública de Repúdio ao Governo da Bahia e seus Lacaios, Cúmplices do Pacto da Morte Negra e do Terrorismo desse Estado Racista de Direito Penal

No dia 03 de novembro de 2015 o Núcleo de Familiares de Vítimas do Estado Racista Brasileiro, da Campanha Reaja, convocou uma audiência pública para tratar dos graves atos de intimidação, terror e morte em comunidades negras de Salvador e do Interior da Bahia, onde atuam os Núcleos Avançados de Luta da Campanha Reaja. Estavam presentes os representantes dos Familiares do Jovem Jakson Costa, morto e esquartejado em Itacaré, representantes de Amargosa, Feira de Santana, Ilhéus, representantes das vítimas da Polícia dos bairros soteropolitanos Fazenda Coutos, Valéria, Engenho Velho de Brotas, Periperi e São Cristovão, além dos familiares das vítimas do massacre do Cabula. Procedemos à protocolização de Convites na Sepromi – Secretaria de Promoção da Igualdade, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos – Geraldo Reis, o assessor do Governador, Paulo Cezar Lisboa, o Ministério Público, a Organização Justiça Global e a Defensoria, essas ultimas presentes e solidarias com nossas demandas.

Como demonstração da desatenção, do descaso e da violência institucional do governo e sua incapacidade de dialogar com membros da Campanha Reaja, entre sua maioria Mães e Pais de jovens mortos pela política letal de segurança pública, todos os convocados, se fizeram ausentes, sem qualquer justificativa, demonstrando o total descaso com as vidas negras, respaldando as denúncias que foram colhidas pela Organização Justiça Global e pela Defensoria.

Abuso policial, tortura, desrespeito e criminalização das mulheres, execuções sumárias e extrajudiciais, racismo e terrorismo de servidores públicos de uma administração já largamente confessa em seus abusos contra a maioria da população, porém, que faz uso de seus ardis políticos e da propaganda com auxílio de religiosos, políticos, ativistas e capitães do mato negros que seguem fazendo o jogo do feitor.

Não nos causou espanto, mas revolta! Depararmos-nos com imagens e notícias no dia 04 de abril, com o anúncio de recursos vultosos para o Pacto Pela Vida, programa de segurança que desde o começo, ao contrário do que se imaginou nos círculos de “Igualdade Racial”, tem gerado mais mortes e terror nas comunidades negras.

Utilizando o capital cultural e simbólico dos negros e negras que, historicamente, sempre lutaram contra esse poder colonial da Bahia, o Estado ostenta a presença de líderes negros que continuamente tangenciam as dores e as desgraças que envolvem a comunidade por seus lucros pessoais. O lançamento e anúncio do programa na página da Sepromi foi uma segunda humilhação que o governo impôs aos familiares das vítimas que organizam e comandam a campanha Reaja. Como se isso não bastasse, divulgar fotos de pessoas sorridentes em comoventes místicas com policiais da Rondesp, entre os quais, os citados na ação penal que denunciou a tragédia do Cabula. Agora o governo ignora nossa dor e nosso direito às respostas sobre vários casos apresentados a essas secretarias, desde 2006, e nos impõe esse silêncio que pretende nos matar simbólica e politicamente, ignorando-nos, fingindo que nós não existimos.

O programa Pacto Pela Vida promete recursos para essas ONGs que não se respeitam, para que realizem cursinhos de direitos humanos, fomentem as invenções da moda, aprofundando o sequestro politico do mês da consciência negra. As camisas com o timbre do governo farão caminhadas “chapa branca” enquanto o sangue continua a escorrer nos locais onde moramos, ali mesmo local onde morremos sem que ninguém lamente.

Semelhante às combativas mulheres que lutam contra o terror de demolições e remoções engendradas por ACM Neto – face da mesma moeda de Rui Costa, nós da Reaja estamos nos preparando para ofertar a Rui Costa, num desses jantares e cafés da manhã que ele organizará em novembro, o Troféu Fuzil de Ouro. Com este troféu ele poderá ostentar em suas mãos a responsabilidade pelas mortes de tantas vidas negras e, ainda assim, ter amigos, seguidores e admiradores, entre as quais, pessoas que deveriam lutar contra isso.
Insistimos que essas Secretarias acima citadas , respondam aos chamados das famílias de vitimas e das comunidades atingidas pela violência da policia com seu terrorismo de Estado.

Não queremos mendigar cargo ou emprego , emenda parlamentar ou beneficio para nossos filhos e parentes num carguinho qualquer , queremos que eles respondam porque em 09 anos de incidência da Reaja, nenhuma questão suscitadas por nós foi atendida. encaminhada.

Se antes era a enganação, a conversa interminável e um mar de reunião agora é a desatenção com nossa dor. E as pessoas que se respeitam e que nos apoiam para além das redes sociais, boicotem essas festas de um governo Genocida.

NOVEMBRO NEGRO DE LUTO, NOVEMBRO NEGRO DE LUTA

Originalmente publicado no blog do Reaja ou Será Morto, Reaja ou Será Morta

novembro negro de luta

(Comunicado) Nota Pública sobre a violência policial ocorrida durante a 1ª Feira do Livro Feminista e Autônoma de Porto Alegre

Somos um coletivo de pessoas que se formou através de afetos, amizades, afinidades e momentos e vivências antes, durante e depois da I Feira do Livro Feminista e Autônoma de Porto Alegre (I FLIFEA POA). A feira tinha como seu principal objetivo a troca de materiais, de vivências e de experiências que pudessem debater coletivamente a respeito dos feminismos e da autonomia das mulheres frente às instituições e em relação a seus corpos. Esse objetivo estava se concretizando ao longo de dois dias de atividades, nos quais nos fortalecemos entre todas, conversamos, aprendemos, rimos e novas ideias puderam surgir a partir do encontro. Até que, juntas, muitas de nós sofreram a violência policial da noite de primeiro de novembro de 2015. Entre as agredidas estavam presentes algumas das que compunham a organização da FLIFEA, mas não só. A partir dos últimos acontecimentos vivemos uma nova forma de autogestão da experiência compartilhada onde “a organização da feira” se dissolve na nova coletividade que escreve este texto, composta por aquelas que foram diretamente afetadas pela repressão vivida na noite de domingo.

Dito isso, nos manifestamos através desta nota pública no blog da I FLIFEA POA, da maneira combinada entre nós como única manifestação pública do grupo mencionado acima. De acordo com isso, nenhuma de nós concedeu e nem concederá entrevista a qualquer veículo de comunicação e, embora estejamos recebendo assistência jurídica de advogadas feministas de maneira voluntária, elas também não nos representam frente à mídia. Também é importante apontar que não organizamos ou marchamos sozinhas no ato do dia dois de novembro de 2015, mas contamos com o apoio espontâneo de muitas pessoas que se sensibilizaram com nossa situação, e não tivemos relação alguma com o ato do dia seguinte, dia três de novembro de 2015. Nos fortalece muito e agradecemos o apoio das pessoas e organizações que estão se mobilizando autonomamente em relação ao ocorrido e nos comove a grande rede de solidariedade criada; no entanto, nos parece importante estabelecer que essa rede extrapola nossa dimensão organizativa e, portanto, não é possível nos responsabilizar pela totalidade dos eventos disparados pelo episódio. A quem resiste em solidariedade conosco, pedimos cuidado para não falarem em nosso nome, e, ainda, pedimos o respeito para não fazer o uso desse fato para apropriação em relação a agendas políticas partidárias, tampouco individuais.

Entendemos que a situação de agressão policial pela qual passamos se insere num contexto social de mobilização frente aos retrocessos que têm acontecido nas políticas para mulheres e ao crescimento do conservadorismo patriarcal no debate público sobre os direitos já conquistados e ainda por conquistar por mulheres e outros grupos minoritários. Tanto nos debates de políticas institucionais, quanto nos espaços de formação de opinião como redes sociais, diversas pautas feministas estão sendo mobilizadas neste momento, como os assédios cotidianos que vivemos desde a infância , nossa autonomia para decidir sobre nossos corpos, a violência vivida em espaços domésticos e a possibilidade de que as mulheres falem por si mesmas. Ao mesmo tempo, percebemos que a repressão que vivemos no último domingo gera comoção por diferentes motivos, que queremos apontar. Primeiro, a brutal violência por parte de policiais, homens, exercida contra mulheres, fazendo uso abusivo de autoridade através de aparatos de força (cacetetes foram usados e armas foram apontadas contra nossos corpos desarmados), evidencia a lógica militarizada e misógina que pauta a atuação dessa corporação. O ocorrido conosco também contribuiu para o reconhecimento das violências cotidianas que as mulheres sofrem, mobilizando aquelas pessoas que já trabalham para combater as causas dessas violências, e também sensibilizando aquelas que vivem ou já viveram essa realidade em suas vidas. Finalmente, consideramos que também foi notável o fato de estarmos nos propondo a construir um debate sobre feminismos num evento cultural no qual nossa arma era a construção de ideias políticas e de cumplicidade, e desse processo ter sido brutalmente atropeladas pela agressão policial.

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(Rio de Janeiro) Manifesto de Criação da Frente Anticapacitista de Esquerda, F.A.E.

frente anticapacitista de esquerda

“Nós somos a F.A.E (Frente Anticapacitista de Esquerda). Somos um coletivo auto-organizado destinado a discutir e combater o Capacitismo e a Psicofobia, coletivo este fundado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Historicamente, dentro do debate de opressões, a luta anticapacitista sempre foi esquecida, sendo desconhecida por muitos e menosprezada por tantos outros. O que não toleraremos mais em nossa Universidade e nosso cotidiano.

O Capacitismo é o preconceito/intolerância materializado em agressões físicas, verbais ou psicológicas contra pessoas com alguma deficiência física/psicológica/mental reproduzido por indivíduos que se enquadram nos “padrões de normalidade imposto pela sociedade”.

Devendo ser desconstruídos inclusive, os sentimentos de caridade ou pena em relação a pessoas com deficiência, deixando claro que antes de tudo somos Seres humanos, não sendo superiores ou inferiores a ninguém devido às particularidades de cada um.

Lutamos por uma Universidade verdadeiramente acessível em todos as áreas, e a todos os indivíduos que constroem esse ambiente de forma plural. Lutamos para que a Esquerda dê o espaço necessário a esse debate tão importante contra o Capacitismo, a medicalizaçao da vida e a psicofobia.”

No dia 28 de setembro de 2015, a F.A.E. realizou uma intervenção anticapacitista no hall do nono andar da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Abaixo, segue algumas fotos de cartazes colados contendo frases que precisamos todxs refletir sobre.

intervenção anticapacitista FAE

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(Música) Confira novo trabalho da Unio Mystika, “Antifascista”

A Rede de Informações Anarquistas divulga e apoia o trabalho da Unio Mystika. Conforme palavras enviadas pelo grupo, “estou entrando em contato para divulgar o mais novo trampo libertário produzido. ‘Antifascista’, do Unio Mystika. Um brado pela ação de auto-organização e auto-defesa popular.”


[DOWNLOAD DA MÚSICA]

https://www.youtube.com/watch?v=chKUOON_L4M

Vai ficar você omissx sem fazer nada? Busque você uma arma, entende bem o que eu digo? Reúna-se com seu meio, seja ele campesinato, proletariado, diaristas que sofrem violência doméstica, periferia, uma tribo indígena, skatistas, movimento Hip Hop, Punks ou grupos sociais e armem-se. Punhal, pistola, soqueira, bastão, bomba e IDEOLOGIA. Não importa do que seja, o importante é que vocês estejam armadxs e preparadxs. Estejam fisicamente capazes a enfrentar um severo embate físico e pratiquem artes maciais. De preferência lutas criadas integralmente para a autodefesa e aniquilação ou detenção rápida do agressor como o Krav Magá. Aprimorem suas resistências e criem extrema disciplina. Criem e mantenham fundos de apoio a possíveis camaradas presxs e pratiquem Cultura de Segurança tendo em vista que possam ser alvos de serviços secretos de inteligência ou da própria polícia a qualquer momento. Preparem-se psicologicamente para os piores cenários. Convertam seus grupos de afinidades em grupos com tais propósitos de ação ou também de objetivos revolucionários. Estudem e pratiquem resolução de conflitos dentro de grupos. Criem células descentralizadas e com atuações autônomas, mas com força popular e guiadas pelo mesmo ideário. Convençam suas/seus amigas/amigos e próximxs a fazerem o mesmo. E antes de tudo: tenham o ideal revolucionário libertário em mente guiando sempre todos os seus passos. À ação!

Confira o zine “Falando Sobre Autodefesa – Da Autodefesa à Libertação e Autonomia

Letra da Música

Aí, mano. Nós somos exterminados diariamente em várias escalas pelo estado e pela burguesia.É violência social, fome, pobreza, drogas, tudo fruto da violência institucional que serve aos ricos.
Somos também exterminados pelos braços armados do burguês, polícia, milícia, fascistas.
Tá na hora de deixar de inércia e a ignorância de lado e se auto-organizar. Defendam-se.

Soco na cara, pé no peito, fascista, tenha respeito.
Afundo tua mandíbula pra exigir meus direitos.
Sai fora, e pelas ruas na ação ceis dá pinote,
É só soqueira e paulada, se bater de frente se fode.
Alerta antifascista, chama os linha de frente,
De coturno e cara tapada, toca ou blusão, certamente.
Vambora, não há diálogo, vamos chutar esses dementes,
Esmagar preconceito ou machismo, descriminação da minha gente.
Não nomeio de violência, eu diria que é inteligência,
Qualquer defesa ou ataque é foco de resistência.
Supremacia branca, mas vê um Pantera e cu ceis tranca.
Faz os nazi virar barbie se borrando tipo criança.
Perderam as esperança, encurralados ceis dança,
É cadeirada na cara e humilhação de lembrança.
Black Panthers ou Gay Liberation Front,
Zapatistas, Mujeres Libres e até Hamas é nossa fonte.
Inspiração é Zumbi, pesada na cara dos bastardos,
Capoeira antifacista contra os vermes fardados.
Sociedade patriarcal que reprime as meninas,
Contra o machismo e o sexismo tem o buquê de Espertirina.
Deveria ser com fal a Rebelião de Stonewall,
Pra combater homofobia pique fogo no paiol.
Mano, escutem o que eu falo,
Por favor, me deem ouvidos,
Enquanto os boy tão faixa preto,
Nós nem tamo unido.
Então é cessar brigas de gangues,
De bairros e também de ruas.
Celebrar a união com os compas e vamos pra luta!
Tipo a Crips e a Bloods agindo na mesma conduta.
Na ação antiracista, contra os vermes militaristas.
Contra nazi, os facho ou até mesmo a polícia.
Lutar por todos os meios, vamos mandar pra escanteio,
Rajar esses bostas de bala é o nosso anseio.
Malcolm X, Black Panther, Angela Davis, Neal Cleaver,
Steve Biko, Emma Goldstein, Lucy Parsons, Bash Back!,
Mestre Bimba, Manganga, Abu-Jamal ou Zumbi,
Maria Bonita, Espertirina, Virgulino, Alice Walker.
São todos inspiração, pra ação antifascista,
Pra despertar e organizar qualquer ação que é legítima.
Esses vermes não passarão, cairão nas mãos das AFA,
Colamo com imigrante são tudo nossos parça.
É só conflito direto, até com barra de concreto.
Esses vermes não se ignora, se esmaga, mas só por completo.
Esmagar com taco de hockey a nuca desses loque.
Não seja um bosta e proteste, seja hostil e os esfole.
Porque eles não tão nem aí, vão te atacar a qualquer preço,
Vão te agredir, te matar, descobrir o teu endereço.
E aí, vai ficar sem fazer nada omisso na tua quebrada?
Te organize e te arme, carregue aquela quadrada.
Sapeque os justiceiros junto com esquadrões da morte.
Tipo os Panteras nos EUA nas suas ações de suporte.
Requisito pra zona liberta é canivete na aorta.
Pra impedir outros Massacres de Maio…
Iremos nos organizar e a gente te caça nas portas!
Nem integralista atravessa, com a gente não tem conversa.
Faz os motim e ataca, e depois se dispersa.
Cultura de Segurança, fique atento à vigilância.
Os investigue e os marque, logo estruture a vingança.
Grupos de afinidade pra acabar com a esperança,
Em um dia eles existem, no outro só são lembrança.
Não passarão, nos temerão.
Conosco não terá jeito…
No outro dia é nazista no chão com dez buracos no peito.