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(Rojava) Curdistão, as mulheres na linha de frente

Esclarecedor artigo do antropólogo Andrea Staid sobre o que ocorre atualmente no Curdistão, com especial ênfase ao protagonismo das mulheres curdas. Publicado originalmente em italiano na seção Antropologia e Pensamento Libertário da Rivista A, número 395, em fevereiro de 2015, e traduzido pela Liga Anarquista no Rio de Janeiro, tradução disponibiliza em seu site aqui.


Quero aprofundar o que é o Rojava no Curdistão, um território de maioria curda que compreende o norte da Síria e que se estende pela fronteira com a Turquia. É a parte ocidental de um hipotético “Grande Curdistão” que tomaria porções de territórios também do Iraque, Turquia e Irã. No Iraque, de fato o KRG (Kurdistan Regional Government) é autônomo, ainda que se formalmente sob o regime de Bagdá.

A segunda parte importante para a construção do “Grande Curdistão” é exatamente o Rojava, ele próprio um território autônomo desde 2012, quando graças à luta e à determinação dos milicianos e das milicianas o exército de Assad foi expulso. É importante sublinhar que o território autogerido pelos curdos não é sem solução de continuidade. De fato, é dividido em três regiões, Kobane, Efrin e Cyzire, administradas pelo Kurdish Supreme Committee, formado por elementos do Kurdish Democratic Union Party (PYD) e pelo Kurdish National Council (KNC). Os dois grupos, mesmo que com diferentes visões ideológicas e com frequentes choques em nível político, assinaram um acordo de cooperação em 12 de junho de 2012 para gerir um governo compartilhado nos territórios libertados da ditadura sírio.

mapacurdistão
Geografia política atual da Síria

É importante sublinhar ainda uma vez que o braço armado do Kurdish Supreme Committee são as Forças de Defesa Popular, a People’s Defence Forces (YPG) e a Women’s Defence Forces (YPJ), que há mais de dois anos estão combatendo seja contra os grupos rebeldes islâmicos, seja contra o ISIS. Os curdos, especialmente aqueles do PYS, sempre foram muito cuidadosos em suas alianças, jogando frequentemente em mais de um front. A relação com o governo central de Damasco é também ambígua, baseada na não ingerência recíproca em nível territorial.

Mesmo que sobre os curdos tenha se falado pouco até agora, na realidade desde 2011 desenvolveu-se um grande movimento por uma democracia autônoma e os ativistas curdos aceleraram a formação de conselhos autônomos radicais. Os conselhos, de acordo com a região, seguem diferentes orientações políticas, culturais, étnicas, diferentes níveis de urbanização e diferentes níveis de repressão do Estado. A partir deste ano, ao invés, começou-se a falar do Rojava por causa do avanço do ISIS no Iraque e portanto, do envolvimento, não somente dos peshmerga (as forças militares curdas no Iraque), mas também dos guerrilheiros do PKK e, sobretudo de seus homólogos sírios do PYD. Foram eles e não os peshmerga que criaram um corredor humanitário sobre o monte Sinjar para permitir que milhares de yazids escapassem do assédio dos militantes do Califado em agosto do ano passado.

Atualmente a People’s Defence Forces (YPG) está adestrando centenas de yazids, reagrupados sob a sigla do Sinjar Protection Unit. Junto com o PYD e os guerrilheiros do PKK estão empenhados efetivamente em conter e enfrentar cotidianamente os milicianos do ISIS na Síria.

Os homens do PYD e do PKK não combatem somente na Síria ou ao longo do confim com o Iraque, mas chegaram a dar apoio forte aos peshmergas também em Jalawla, a 160 km de Bagdá e em Makhmour, ao sul de Mosul.

Infelizmente não pude ir pessoalmente entrevistar os protagonistas da luta pela libertação, mas li muitas entrevistas interessantes: Bujuck, por exemplo, luta contra o ISIS há vários meses. É uma ativista do movimento das guerrilheiras curdas e, até um mês atrás viveu na fronteira turco-síria em um vilarejo a poucos quilômetros de Kobane.

Kobane encontra-se na região do Rojava, ao norte da Síria, onde os curdos vivem em completa democracia ou, pelo menos, assim se declaram. Claramente estamos falando de uma democracia “quase” direta, construída através de conselhos independentes, uma espécie de confederalismo democrático muito diferente de nosso sistema de representação parlamentar. Na entrevista fala do importante rol das guerrilheiras curdas na defesa da cidade contro as barbáries das milícias negras do Califado e das tropas do ISIS.

“As mulheres curdas tem um papel de liderança na resistência em Kobane. Oferecem um extraordinário suporte militar à revolução. Combatem armadas somente com uma Kalashnikov contra tanques de guerra e morteiros. Não se pode imaginar uma revolução curda sem as mulheres na linha de frente. Unir-se ao YPG (a unidade de defesa do povo curdo) é uma forma de libertação. As jovens combatentes que entram no YPJ (a unidade de defesa do povo curdo composta somente de mulheres) são adestradas pelas mulheres comandantes. As mulheres são muito mais corajosas em batalha, não abandonando nunca o front, preferindo morrer a acabar nas mãos do inimigo. As mulheres curdas são guerrilheiras que escolheram esse estilo de vida.”

Creio que este aspecto da determinação na luta pela libertação de parte das mulheres seja importante para compreender aquilo que está acontecendo nos montes do Curdistão. Devemos estar atentos ao uso que as mídias de massa estão fazendo dessas mulheres. A grande imprensa quando fala delas o faz de modo muito superficial e não escreve sobre a preparação intelectual dessas mulheres de sua convicção de lutar não somente contra o ISIS mas para construir um mundo novo livre da exploração do homem sobre o homem, com uma forte atenção aos temas da ecologia social e ao feminismo radical.

Mideast Syria Kurdish Gains
Lutadoras curdas do Women’s Defence Forces

Comunicado e chamado da IFA em solidariedade e apoio ao povo curdo e a DAF (Ação Revolucionária Anarquista)

Contra o terror do Estado e a religião. Liberdade para os povos.

International Federation Anarchist
International Federation Anarchist

Em Rojava, no oeste do Curdistão, em território sírio, o Estado Islâmico (EI) atacou a cidade de Kobané, junto da fronteira com a Turquia, e a população enfrenta agora a brutalidade desta força autoritária e obscurantista.

O Curdistão, e outras regiões, está sob a violência do Estado Islâmico. A resistência do povo é admirável. Essas são as verdadeiras forças do progresso. Na verdade não há nada a esperar dos jogos militares dos Estados Unidos, da União Europeia e das potencias da região. Os diversos Estados envolvidos estão usando esta área como um campo de batalha para as suas próprias estratégias e para venderem as suas armas.

O papel do governo religioso da Turquia é crucial na região. Evita, com violência, o fluxo de famílias de refugiados, mas, permite a passagem de combatentes islamitas para a Síria. Fica claro que o governo turco está, efetivamente, em guerra com o povo curdo.

Nas regiões curdas, apesar da guerra, uma proclamada revolução “democrática” está em marcha através do “confederalismo democrático”. Tudo isto nos anima a continuar a trabalhar e a mostrar o nosso apoio ao povo do Curdistão e em qualquer outro lugar, lutando contra a barbárie religiosa e contra a opressão do Estado. Dada esta nossa posição, estamos contra qualquer intervenção militar de forças mundiais ou regionais. Sabemos que qualquer intervenção estatista atuará contra as transformações sociais.

As mulheres estão fortemente implicadas em todos os aspectos da sociedade e dos grupos de resistência. Isto significa uma revolução da mulher contra o machismo e a sociedade feudal. É, provavelmente, um dos aspectos mais importantes da situação atual.

DAF (Ação Revolucionária Anarquista), uma organização anarquista da Turquia, presta assistência aos refugiados e àqueles que lutam contra o avanço do Estado Islâmico. Fazemos um apelo a todas as organizações anarquistas para que organizem manifestações de apoio em frente às embaixadas, nas ruas, em todos os lugares em que isso seja possível, para difundir a informação e construir um apoio direto às organizações anarquistas na Turquia, no Curdistão ou em qualquer outro lugar em que se lute contra a barbárie religiosa e a opressão estatal.

Para apoiar as pessoas do Curdistão e os refugiados, a Internacional das Federações Anarquistas se une a iniciativa da DAF, e está colocando a disposição uma conta de apoio. Enviar as doações a SEL (mencionar “DAF”):

IBAN: FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175

Pela emancipação dos povos. Solidariedade Internacional.

Internacional das Federações Anarquistas – IFA

Roma, 4-5 de Outubro de 2014.

Tradução – ANA – Agencia de Notícias Anarquista.

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Frances

Dans le Rojava, à l’ouest du Kurdistan, en territoire syrien, l’État islamique (Isis) a attaqué la ville de Kobane, à proximité des frontières de la Turquie, et la population est aujourd’hui confrontée à la brutalité de cette force autoritaire / obscurantiste.

Le Kurdistan, ainsi que d’autres régions, est touché par la violence de l’État islamique (ISIS). La résistance du peuple est admirable. Ce sont les véritables forces de progrès. Il est, en effet, rien à attendre des jeux militaires des États-Unis, de l’Union européenne et des puissances régionales. Les différents États concernés utilisent la région comme un champ de bataille pour leur propre stratégie et de vendre leurs armes.

Le rôle du gouvernement religieux de la Turquie est crucial dans la région. Il empêche, par la violence, le flux des familles de réfugiés, alors qu’il laisse passer les combattants islamistes en Syrie. Il est donc clair que le gouvernement turc est en guerre contre le peuple kurde.

Dans les régions kurdes, en dépit de la guerre, a été proclamée une révolution « démocratique » avec une forme de « confédéralisme démocratique ». Tout cela nous encourage à poursuivre notre travail et notre soutien au peuple du Kurdistan, et d’ailleurs, en lutte contre la barbarie religieuse et contre l’oppression étatique. De cette position, nous sommes contre toute intervention militaire de puissances régionales ou mondiales. Nous savons que toute intervention étatique agira contre les transformations sociales en cours.

Les femmes sont fortement investies dans tous les aspects de la société et dans les groupes de résistance. C’est une révolution des femmes contre le machisme et la société féodale et c’est probablement l’un des aspects les plus importants de ces événements.

DAF (Action Révolutionnaire anarchiste), organisation anarchiste en Turquie fournissent une assistance aux réfugiés et à celles et ceux qui combattent l’avancée de l’État islamique. Nous appelons toutes les organisations anarchistes à organiser des manifestations de soutien devant les ambassades, dans la rue, dans tous les endroits possibles ; à diffuser l’information et à construire un soutien direct avec les organisations anarchistes en Turquie, au Kurdistan et ailleurs, qui se battent contre la barbarie religieuse et l’oppression étatique.

Pour l’émancipation des peuples.
Solidarité internationale.

CRIFA – Internationale des Fédérations Anarchistes. Rome 4-5 Octobre 2014

Afin de soutenir les populations au Kurdistan et les réfugiés, l’Internationale des Fédérations Anarchistes s’associe à l’initiative de DAF, groupe anarchiste en Turquie, et lance une nouvelle souscription. Envoyez vos dons à SEL (mention DAF) : IBAN : FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175

Fonte: http://i-f-a.org/index.php/fr/communiques/557-contre-la-terreur-de-l-etat-et-la-religion-liberte-pour-les-peuples

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Inglish

In Rojava, the west Kurdistan, in Syrian territory, the Islamic State (Isis) attacked the city of Kobane, close to borders of Turkey, and the population is now facing the brutality of this authoritarian / obscurantist force.

Kurdistan, and other regions, is affected by violence the Islamic State (ISIS). The resistance of the people is admirable. These are the real forces of progress. There is, indeed, nothing to expect from military games in the United States, the European Union and regional powers. The various States involved are using the area as a battleground for their own strategy and to sell their weapons.

The role of the religious government of Turkey is crucial in the region. It prevents with violence the flow of refugee families then it leaves the Islamist fighters to Syria. So it is clear that Turkish government is effectively in war with the Kurdish people.

In the Kurdish regions, despite the war, a proclaimed “democratic” revolution appears to be taken with a form of “democratic confederalism”. All this encourages us to continue our work and our support to the people of Kurdistan, and elsewhere, fighting against religious barbarism and against state oppression. From that position, we are against any military intervention by world or regional powers. We know that any statist intervention will act against social transformations.

Women are heavily invested in all aspects of society and resistance groups. This is a revolution of women against machismo and feudal society. This is probably one of the most important aspects of these events.

Anarchists in Turkey provide assistance to refugees and those who fight the advance of Islamic State. We call on all anarchist organizations to organize demonstrations in support outside embassies in the street, in every possible place; to disseminate information and build direct support with anarchist organizations in Turkey, Kurdistan and elsewhere who are fighting against the religious barbarism and state oppression.

For the emancipation of the people.
International solidarity.

CRIFA – International of Anarchist federations.
Roma, 4-5 October 2014

To support people in Kurdistan and Refugees, the International Anarchist Federations joins the initiative DAF anarchist group in Turkey, and is launching a new subscription. Send your donations to SEL (mention DAF): IBAN: FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175
Fonte: https://afdundee.wordpress.com/2014/10/09/statment-from-the-international-of-anarchist-federations/

[#kurdistão] MULHERES CURDAS, PATRIARCADO E A RESISTÊNCIA.

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Foi realizada no sábado, 10/10, em Roma, uma conferência intitulada “A prática da liberdade contra a guerra sem fim do sistema patriarcal: mulheres curdas no Iraque, a Síria, a Europa”, organizado pelos Juristas Democráticos, a associação sem Fronteiras, o Instituto d ‘informações para o Curdistão, na Itália, a Fundação Internacional de Mulheres e o Movimento Livre de Mulheres curdas.

O tema subjacente das intervenções que tiveram lugar foi o conceito de “feminicídio”, bem explicado dall’avvocata Barbara Spinelli que se mata não somente na dor física da mulher, mas também como cancelá-lo no gozo dos seus direitos fundamentais, no momento em que ele rejeita para preencher o papel que é imposto por uma sociedade patriarcal.

Mulheres curdas estão muito familiarizadas com o femicídio, porque elas sofreram e sofrem. E, obviamente, lembrou um dos últimos atos cometidos contra as mulheres no movimento de resistência curda: o assassinato brutal de Sakine Cansiz e Leyla Dogan Fidan Söylemez, que teve lugar em Paris, em 9 de janeiro de 2013; um assassinato político que ainda não se sabe oficialmente os nomes dos autores. Acima de tudo, o femicídio combatê-la. Também pegar uma arma e defendê-la com seu próprio povo é uma forma de escapar de um papel que o sistema social seria relegado exclusivamente a um ambiente familiar.

Na verdade, embora a grande mídia percebeu somente nos últimos meses, e após os ataques do Estado Islâmico no Iraque no início de junho do ano passado, o movimento de resistência curda em que as mulheres desempenham um papel ativo na organização como forças de combate (como no caso de YPJ – Unidade de Defesa da Mulher engajados na parte frontal do Rojava), as intervenções dos oradores apontaram que mulheres curdas são ativas na resistência desde a sua criação, que elas não querem ser representadas em revistas gerais, mas na lógica da militância do PKK.

Para traçar a história do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que desde os anos 70 até hoje, ultrapassou a da esquerda, foi iniciativa Güneşer Havin para a Liberdade de Abdullah Ocalan. Em seu discurso, Güneşer mostrou como uma dimensão feminina à resistência do povo curdo está presente desde a fundação do partido em 1978 e tem mudado ao longo dos anos para amadurecer espaços autônomos de organização no que diz respeito à resistência empreendida por homens. Mas o papel das mulheres no movimento curdo não é apenas relegado para a luta armada; mulheres curdas estão envolvidas diretamente por um processo de emancipação de Abdullah Ocalan que é considerado um dos elementos-chave na construção de uma nova forma de sociedade, denominada “Confederalismo democrática”. Como explicado também pela Dilar Dirik, um jovem pesquisadora da Universidade de Cambridge, é uma forma de democracia de base, onde a gestão de energia e organização de diversos setores da sociedade é, em princípio, partilhada entre homens e mulheres .

A teoria da “Confederalismo Democrática”, desenvolvido nos últimos anos por Ocalan, que apesar de estar preso em Imrali, no Mar de Marmara, continua a ser o mais ideólogo do movimento curdo, encontrou sua implementação em Rojava, a região de Curdistão sírio, onde a resistência curda decidiu praticar de forma independente e com respeito ao governo Assad é comparada com a oposição Exército Livre da Síria. Em janeiro de 2013 foram criados três cantões, Cizre, Kobane e Efrin cujo nascimento foi uma verdadeira revolução nesse território. Não é apenas uma redefinição da relação entre homem e mulher, operado em um princípio de igualdade absoluta, mas de gestão territorial que é compartilhada por todos os habitantes. Pela primeira vez desde que o Ocidente após a Primeira Guerra Mundial, foi arbitrariamente estabelecido no Oriente Médio, os Estados Nação que trabalhavam com sistemas de opressão das minorias e não só isso, os cantões de Rojava são administrados pelos curdos, mas também de árabe , assírios e sírios e existem três línguas oficiais: o curdo, árabe e siríaco.

 

Organização dos Rojava interveio o representante dos cantões de Rojava, Sinam Mohammed, que não podia deixar de falar sobre a situação difícil da Kobane, sob ataque de quase um mês do Estado islâmico e que resiste apenas graças à coragem heroica partidária o YPJ (Defesa Unidade da Mulher) e os partidários do YPG (Unidade de Defesa do Povo).

De fato, como apontado também por Dilar Dirik, o SI atua em duas frentes. De um lado está travando uma guerra sistemática contra as mulheres que são estupradas, raptadas e vendidas. Sinam Mohammed disse que na cidade síria de Al Raqqah, controlada pelo Estado Islâmico foram impostas leis que impedem as mulheres de dirigir ou andar sozinhas na rua e, claro, obrigá-las a cobrir totalmente o corpo; foi também legalizado o “casamento de jihad” com as mulheres trazidas da Tunísia, Egito ou Arábia Saudita para ser um instrumento de entretenimento sexual para os comandantes das brigadas islâmicas. E então, como argumentado por Sinam Mohammed, em Rojava “lutando por mulheres em todo o mundo e todos deveriam saber.”

A outra frente em que o Estado islâmico está comprometido e a luta contra o movimento curdo e a revolução de Rojava, neste instrumento dos Estados Unidos e da União Europeia, que, apesar de terem financiado o ESL oposição, que nunca fizeram igualmente com as forças da YPJ e o YPG ligadas ao PKK, para não mencionar que a Turquia não tem interesse em combater aqueles que lutam contra o seu mais feroz inimigo, o PKK.

Ao final da conferência, foi dada a palavra para Haskar Kırmızıgül, representante da Fundação de Mulheres Livres, que reiterou o seu apelo à solidariedade internacional contra a resistência de Kobane. Na Itália, nos últimos dias houve manifestações em diversas cidades. Outras iniciativas serão realizadas nos próximos dias até o 01 de novembro, a data escolhida pelo KNK (Congresso Nacional do Curdistão) para um dia de ação em toda a União Europeia.

Texto italiano original: http://contropiano.org/interventi/item/26870-donne-curde-patriarcato-e-resistenza