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(Ecologia) Sea Shepherd anuncia a destruição de uma frota de pesca ilegal na Antártida

Traduzido pela R.IA. desde Inverse, com apoio de Kataklysma.

Em um vídeo divulgado recentemente, a organização de conservação marinha e de anti-caça Sea Shepherd anunciou que conseguiu impedir efetivamente a continuação de pesca ilegal na Antártida. A afirmação vem na esteira de uma campanha de dois anos chamada Operação Icefish, na qual a Sea Shepherd alvejou navios que pescam ilegalmente marlongas, uma espécie de bacalhau. O alvo específico da Sea Shepherd era um grupo de embarcações ilegais, as quais foram denominadas como “Bandit Six”.

Embora os regulamentos governamentais tenham cortado a maioria da excessiva caça ilegal na Antártida, a Bandit Six tinha sido capaz de evitar detecção – e, por sua vez, prisão – durante a última década. Todos os anos os barcos lançavam suas redes de pesca ilegais na Antártida, e levavam o que pescavam para os portos da Ásia e da África para, em seguida, assumir novos nomes e identidades no caminho de volta para a Antártida.

Participantes do Sea Shepherd coletando redes de pescar.

Ao longo de sua campanha, a Sea Shepherd foi capaz de parar a atividade da Bandit Six através de uma série de iniciativas. As pessoas por trás da campanha Icefish foram capazes de confiscar 72 quilômetros de rede de pesca ilegal – cuja parede da rede de nylon era usada para aprisionar os peixes – lançada pelo navio mais famoso da Bandit Six, o Thunder. O navio da Sea Shepherd, o Bob Barker, também quebrou o recorde de maior tempo de perseguição de um navio no mar quando tentava alcançar o Thunder por 110 dias. A caçada levou ao naufrágio do Thunder perto da costa da África Ocidental.

A busca dos outros cinco navios levou a suas capturas por agências governamentais. Quatro dos navios estão atualmente detidos enquanto o último navio foi afundado pela Marinha da Indonésia em março. Enquanto esta campanha na Antártida foi um sucesso, o trabalho da Sea Shepherd está longe de terminar. A organização opera campanhas em todo o mundo, com o objetivo de proteger especificamente: o atum rabilho, golfinhos, recifes, leões-marinhos, focas, tubarões, tartarugas e baleias. Em setembro está marcada a estreia de um novo barco, o Ocean Warrior, que irá atrás de caçadores de baleias.

“Até que a ONU e outras nações do mundo possam concordar que é preciso aplicar as regras de forma firme em alto-mar”, diz o integrante da Sea Shepherd, Siddharth Chakravarty, “a Sea Shepherd vai continuar a enviar seus navios e fazer cumprir leis de conservação internacional nos oceanos do mundo.”

(França) Noites de Pé: apelo a uma revolta global no dia 15 de maio | Encontro internacional em Paris, dias 7 e 8 de maio

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Nuit Debout (ou Noites de Pé, em português): APELO A UMA REVOLTA GLOBAL EM 15 DE MAIO | ENCONTRO INTERNACIONAL EM PARIS DIAS 7 E 8 DE MAIO

Nós chamamos pessoas e movimentos de todo o mundo a mobilização pela justiça e pela democracia real no fim-de-semana de 15 de maio, 2016, por uma revolta global! Nós convidamos vocês para vir a Paris por um Encontro Internacional dos movimentos na Praça da República (Place de la Republic) nos dias 7 e 8 de maio.

Em 46 de Março (15 de Abril), duas semanas depois da grande mobilização que envolveu milhões de pessoas em Paris, o movimento Nuit Debout não pára de crescer. Em numerosas cidades francesas e estrangeiras, as Noites de Pé vêem o dia e testemunham esperanças e revoltas comuns. Todos aqueles que passaram pelas praças ocupadas e que nelas estão participando nesse momento sabem-no bem: algo está a acontecer.

Habitantes do mundo inteiro, façamos cair as fronteiras e construamos juntos uma nova primavera global de resistência! Venham juntar-se a nós nos próximos 7 e 8 de Maio em Paris, na Praça da República, para nos encontrarmos, debater, compartilhar as nossas experiências e os nossos saberes, e começar a construir em conjunto perspectivas e soluções comuns. Sobretudo, preparemo-nos e lancemos juntos uma grande ação internacional no fim-de-semana do 15 de Maio (#76mars) para nessa data ocupar massivamente as praças públicas por todo o mundo.

Nuit Debout fixou como objetivo primeiro a criação de um espaço de “convergência de lutas”. Esta convergência pode ir ainda mais longe, para além da França, e fazer-se ouvir a um nível internacional. Existem laços entre os numerosos movimentos que, nos quatro cantos do mundo, se opõem à precariedade, à imposição dos mercados financeiros, à destruição do ambiente, às guerras e ao militarismo, à degradação das nossas condições de vida e às desigualdades inaceitáveis.

Diante da competição e do individualismo, nós respondemos com a solidariedade, com a democracia participativa e com a ação coletiva. As nossas diferenças não são mais fonte de divisões, mas a base da nossa complementaridade e da nossa força comum.

Nem ouvidos nem representados, nós, pessoas de todos os horizontes, reapropriamo-nos juntos da palavra e do espaço público: nós fazemos a política porque ela é o assunto que a todos e todas diz respeito. Hoje não é mais o momento de nos indignarmos sozinhos no nosso canto ou de recuarmos, mas de agirmos de forma coletiva.

Nós, os 99%, temos a capacidade de agir e de repelir definitivamente o controle financeiro e político dos 1% e seu mundo. Nós estamos aqui para retomarmos nossas cidades, nossos locais de trabalho, nossas vidas.

A 7 e 8 de Maio, vamos nos juntar em Paris na Praça da República!

No fim-de-semana do 15 de Maio, levantemo-nos todos juntos: Noites de Pé em todos os cantos, em todo o globo!

(Documentário) Se uma árvore cai: uma história da Frente de Libertação da Terra | Eco-prisoneira Rebecca Rubin libertada!

IATF_posterOriginalmente publicado por Kataklysma

O documentário “Se uma árvore cai: uma história da Frente de Libertação da Terra”  é uma produção que aborda a origem e o desenvolvimento do grupo norte-americano de ecologia radical Earth Liberation Front (Frente de Libertação da Terra), e também apresenta algumas das diversas ações realizadas em sua trajetória, indo desde ocupações desencadeadas em áreas onde haviam atividades de exploração de recursos naturais até sabotagens e ataques a empresas e propriedades privadas corporativas.

O grupo foi responsável por inúmeros incêndios contra empresas que exploravam e degradavam o meio ambiente nos Estados Unidos, sendo por isso acusado de ”ecoterrorismo”. Mesclando táticas de guerrilha e organização informal promoveu ações em diferentes cidades da costa oeste americana e foi fortemente investigado e reprimido. Ao todo a organização causou um prejuízo econômico de mais de 200 milhões de dólares.

O documentário mostra o motivo das ações incendiárias e provoca uma reflexão a respeito das atividades da organização. Ele nos põe a pensar: se governos, empresas e corporações que deveriam mostrar exemplo destroem e exploram o meio ambiente para gerar lucro e os protestos pacíficos não conseguem de maneira alguma defender a Terra, o que nos restaria? Os eco-ativistas da Frente de Libertação da Terra respondem que só nos resta ações explosivas e incendiárias contra o que/ou quem explora e destrói a natureza selvagem.

Quatorze de seus membros foram acusados de ”terrorismo” e o documentário acompanha o julgamento de um deles, o ativo ecologista radical Daniel McGowan.

É um documentário que nos faz refletir sobre até onde podemos agir perante acontecimentos que afetam ao mundo natural, suas espécies e inevitavelmente a nós mesmos, e inclusive nos mostra que é possível agir para além dos mecanismos legais.

https://vimeo.com/159930974


Eco-prisoneira Rebecca Rubin libertada!

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Compartilhado e traduzido de Earth First! Newswire

Rebecca Rubin foi liberada e transferida para uma casa de passagem! Sentenciada em 2014 a 5 anos em prisão federal por inúmeras ações da Frente de Libertação da Terra e da Frente de Libertação Animal -incluindo as sabotagens ao Vail Ski Resort e Indústrias de “reflorestamento” dos US, bem como a libertação de cavalos e incêndio das instalações da BLM Wild Horses na Califórnia e no Oregon – Rebecca está fora da prisão quase um ano e meio antes da data de soltura esperada de setembro de 2017. Felizes por você estar fora, Rebecca!

(Chile) Felipe Durán – preso por denunciar violência contra mapuches

FELIPE DURÁN, FOTÓGRAFO CHILENO ESTÁ PRESO HÁ MAIS DE 200 DIAS POR USAR SUA CÂMERA PARA DENUNCIAR AS VIOLÊNCIAS CONTRA COMUNIDADES MAPUCHES NO SUL DO CHILE

Publicado originalmente no Mídia Coletiva

Felipe Durán é um fotógrafo nascido na comuna de Cañete, cidade situada na província de Arauco, Região de Bío-Bío, sul do Chile – Felipe retratou distintos processos da nação mapuche no últimos anos. Marchas, ocupações de terras, repressões, organização de eventos, cerimônias, e fotografou como poucos os verdadeiros impactos do conflito que se vive na região.

Felipe foi detido em companhia de um comunero chamado Cristian Levinao, que se encontrava em clandestinidade despois de ter sido julgado na lei antiterrorismo que criminaliza diretamente Mapuches que estão tomando terras ancestrais das mãos dos latifundiários de Araucanía, principalmente. A polícia alega ter encontrado armas e explosivos em posse deles. Fato que sabemos consta de uma série de ‘montagens’ – flagrantes forjados pelos carabineiros – para criminalizar os que lutam pela autonomía dos movimentos mapuches no sul do Chile.

Felipe segue em prisão preventiva no Centro de Cumprimento Penitenciário da cidade de Temuco. No dia 23 será realizada uma marcha plurinacional da Rede de Defesa pelas Águas e Territórios, e está coordenada por diversas comunidades mapuches e não-mapuches, que dentre outras ações vai fazer um ato na porta do presídio onde Felipe e outros presos se encontram. Leia mais no MapuExpress e acompanhe as transmissões em cadeia de rádios livres que serão realizadas pela comissão de cobertura da marcha e diversos meios independentes.

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Leia esse post do MapuExpress sobre sua prisão e veja algumas fotos de Felipe Durán aqui.

COLETIVOS DE MÍDIA INDEPENDENTE LATINOS ASSINARAM UM MANIFESTO EM APOIO A NAÇÃO MAPUCHE E REPUDIANDO A PRISÃO PREVENTIVA DE FELIPE DURÁN

Nós, comunicadores populares de meios independentes declaramos nossa solidariedade ao fotógrafo chileno Felipe Durán, preso preventivamente no presídio de Temuco por mais de 200 dias, e reafirmamos nosso respeito as comunidades mapuches que resistem ao avanço da criminalização de sua cultura e organização comunitária no território de Wallmapu.

Felipe foi preso por carabineiros em Temuco no dia 22 de setembro de 2015, devido sua colaboração e compromisso política com a luta das comunidades mapuches que estão em risco. Sua câmera esteve a serviço da denúncia das violações de direitos humanos que sofrem os mapuches no sul do Chile, e por isso se converteu ele mesmo em alvo da repressão dos governos.

O governo chileno é funcional e obedece aos interesses das empresas transnacionais na região, e por isso é responsável direto pelos crimes que estão violando os direitos das comunidades indígenas.

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Assim como Felipe, diversos mapuches estão sendo processados pela justiça chilena em um contexto de montagens (flagrantes forjados), que vem realizando o governo contra os indígenas na região. Diversas machis, que são as curandeiras mapuches, também estão presas e processadas com provas falsas da polícia. Outros sofreram atentados contra suas vidas, com o objetivo de silenciar as lideranças que resistem contra as empresas que exploraram eucalipto e celulose, e que contratam empresas para-militares para realizar sua segurança privada, ameaçando e atentando contra a vida dos habitantes das comunidades.

Repudiamos o terrorismo do Estado contra o povo mapuche e somamos nossos meios independentes para desmoralizar o governo chileno e denunciar suas práticas racistas frente aos povos originários.

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(Turquia) Comunicado da Ação Revolucionária Anarquista sobre os companheiros presos pela polícia na Turquia

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Recebido via e-mail.

Comunicado da Ação Revolucionária Anarquista (DAF – Devrimci Anarşist Faaliyet) sobre os três companheiros que foram presos em Istambul por distribuir jornais e propaganda sobre o 1º de maio nas ruas:

“Estamos dia-a-dia nas ruas e nas praças, dizendo que não iremos permitir mais uma árvore cortada para o lucro, mais um rio drenado para hidroelétricas, mais um animal violentamente espancado, mais uma criança arruinada com estupro, mais uma mulher assassinada pelo patriarcado, mais um LGBT assasssinada pelo ódio, mais um alevita atacado por sectarismo, mais um curdo morto em um linchamento, mais um bairro arruinado por armas e bombas, mais uma pessoa tendo que enfrentar o fascismo, mais um trabalhador ou trabalhadora assassinado pelos seus patrões no trabalho, nós estamos a um dia de nos organizar e de lutar, nós estamos próximos do 1º de Maio.

A polícia do Estado turco está usando a mesma guerra política que usa no Curdistão em Istambul. O Estado proibiu o dia do 1º de Maio e qualquer tipo de atividade relacionada a ele. Hoje, enquanto nós estamos distribuindo nosso jornal Meydan, enquanto estávamos agitando a luta contra capitalistas e contra o capitalismo, fomos expostos e expostas à violência da polícia do Estado. Tentaram evitar a luta anarquista com as suas políticas de guerra nas ruas. Três dos nossos companheiros foram levados pela polícia.

Eles não vão parar nossa luta. Vamos continuar resistindo contra o estado e contra os capitalistas.”

MAIS FOTOS DO MOMENTO DA PRISÃO:
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