(Salvador) 2º Fórum Geral Anarquista em Salvador, Bahia | 10 a 12 de Junho de 2016

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Por Liga Anarquista no Rio de Janeiro.

Estamos seguindo para a realização do 2º Fórum Geral Anarquista. Mantemos nesta segunda edição os elementos constitutivos do nosso primeiro fórum, que são: o espaço de encontro, conversas, análises, discussões, registros, trocas, sugestões e celebrações.

Como anunciamos o FGA é itinerante pois objetiva possibilitar a participação de todas as gentes que habitam este território continental chamado Brasil. Notadamente, este segundo fórum será realizado na cidade de Salvador-Bahia, Nordeste-Brasil.

Quanto a sua forma ele manterá uma estrutura vertical e uma horizontal. Na forma vertical, uma pauta pré-definida, de convergência e atenção comuns, será pensada e debatida por todos numa conferência de abertura, cuja apresentação se dará por meio de mesa com conferencistas exibindo seus estudos-experiências e o público, logo em seguida, realizando considerações ou questões.

As Rodas de Conversas serão constituídas de duas pessoas responsáveis pela relatoria e equilíbrio entre tempo-audição enquanto todos os integrantes de cada Roda abordam os temas marco (pré-definidos) de forma horizontal.

A estrutura horizontal contará com os Grupos de Discussão que poderão ser propostos pelos indivíduos e coletivos que participarão do fórum. Neste caso teremos espaço para apenas 3 oficinas e 3 grupos de discussão. Em cada oficina e grupo, um de seus proponentes fará relato do que for discutido, para que no último dia de debates possamos realizar o Fórum propriamente dito, onde, com apoio e assistência de coletivos realizadores do evento, serão apresentadas as relatorias das rodas de conversa e dos grupos de discussão.

Objetivos

Promover o encontro dos anarquistas no Brasil que possuem inclinação federalista; trocar experiências e conhecer práticas e estudos realizados por companheiros país adentro; equalizar entendimentos; acordar e realizar ações pontuais locais e/ou gerais; pautar as questões de gênero e sexualidade no campo anarquista; analisar e discutir a conjuntura social, econômica e política brasileira e mundial (crise econômica, terrorismo de estado, perseguição política, arrocho dos trabalhadores, criminalização política e jurídica da pobreza, crise da água, segurança/auto sustentabilidade alimentar e energética, especulação imobiliária, manutenção dos latifúndios rurais, autogestão e descentralização das mídias, movimentos sociais, movimentos populares, sindicalismo, centros de cultura social); conhecer e conversar sobre o federalismo anarquista e elaborar passos efetivos para criação de uma federação ou federações regionais anarquistas.

Inscrições

Estão abertas as inscrições aos indivíduos, coletivos, grupos, iniciativas, organizações, centros de cultura social para oficinas e grupos de discussão que ocorrerão durante o 2º FGA. As inscrições vão até 30/05/2016.

As oficinas e os grupos são de inteira responsabilidade dos seus realizadores, a organização do evento se responsabilizará apenas por ceder o espaço. Temos 3 oficinas em aberto para propostas e 2 grupos de discussão em aberto.

Para se inscrever enviar e-mail para liga-rj@riseup.net.

Saudações anarquistas.

(Belo Horizonte) Toda solidariedade com a Ocupação Feminista Tina Martins, ameaçada de despejo

Tina Martins

Retirado de squat.net.

No último dia 08 de março, o movimento feminista Olga Belnário ocupou um prédio abandonado no centro de Belo Horizonte. As ocupantes exigem que o prédio seja desapropriado e transformado em Centro de Referência para mulheres vitimas de violência. Desde então, o prédio se tornou local de moradia para dezenas de mulheres, recebendo diariamente reuniões, assembleias e encontros culturais e políticos além de funcionar como abrigo e centro de atendimento psicológico para cerca de 200 mulheres em situação de rua ou de violência.

A ocupação foi batizada Tina Martins em homenagem a Espertirina (Tina) Martins, militante anarquista. Durante a greve operária de 1917, em Porto Alegre, Tina, que tinha então 15 anos, jogou uma bomba escondida dentro de um buquê de flores contra as tropas militares que iam reprimir os/as grevistas, o que obrigou as tropas a recuar. A greve tinha começado em resposta à morte de um operário pela Brigada Militar e resultou na conquista da jornada de 8 horas de trabalho, proibição do trabalho infantil, aposentadoria, licença maternidade, assistência médica e indenizações às vítimas de acidente do trabalho.

Na semana passada, a ocupação recebeu uma ordem de reintegração de posse da Polícia Federal. Desde então, uma vigília cultural contra o despejo foi iniciada e uma intensa mobilização foi desencadeada contra o despejo da ocupação. Segue o manifesto escrito pelo Movimento de Mulheres Olga Benário contra o despejo:

URGENTE! QUEREM DESPEJAR A OCUPAÇÃO TINA MARTINS!

A direita se assanha no impeachment e vem os ataques, com ameaça de despejo na Tina e em outras ocupações de BH, RMBH, além de cumprir mandados no interior de MG, de forma violenta.

Nossa ocupação, resiste há 42 dias e vem transformado o espaço, criando um ambiente acolhedor para mulheres em situação de violência e tem sediado diversas atividades e debates importantes para toda a cidade. Nossa luta tem ganhado forte apoio popular, diversos artistas, personalidades públicas, instituições passaram pela casa. Nomes como Raquel Rolnik, Elza Soares e mais centenas de pessoas, diariamente dão solidariedade à luta das mulheres.

Porém, hoje amanhecemos com a polícia federal na nossa porta, nos ameaçando e tentando nos intimidar. A reintegração de posse foi expedida, e caso haja resistência estão liberados para uso de força policial e ainda cobrarão uma multa de 10mil reais por dia. Precisamos de todas e todos nesse momento. Venham para a Tina, tragam doações de comida. Podemos ter o fluxo de entrada e saída restringido pela própria polícia, por isso, precisamos assegurar nossa segurança e nossa alimentação para resistirmos. Venham Todxs!

DESPEJO NÃO! VAI TER LUTA!

Ocupação Tina Martins, Rua Espírito Santo, 96 – centro de BH.

Movimento de Mulheres Olga Benário
19 de abril de 2016.

(Artigo) COMPA: Nosso posicionamento frente a conjuntura nacional – opinião e perspectivas

Por Coletivo Mineiro Popular Anarquista (COMPA).

Retirado originalmente daqui.

1. Está em curso uma ofensiva da direita no Brasil, que vem conquistando mais espaço na política nacional.

Existe no país uma ofensiva de setores conservadores e de direita que estão em maior ou menor medida coordenados em várias frentes (parlamentar, poder judiciário, influências internacionais, centrais sindicais pelegas e vendidas, grupos empresariais e federações burguesas, veículos de mídia e imprensa, altas patentes militares, movimentos de redes sociais e de rua etc.) e que vem conquistando cada vez mais espaço na política nacional. Essa ofensiva mira intensificar a aplicação de um programa reacionário, neoliberal e conservador, que, embora tenha sido aplicado de forma tímida por meio do próprio governo petista, retirando o PT do poder nesse momento acelerarão sua aplicação, se dando de forma mais contundente e eficaz.

Assim, utilizam o PT e a “corrupção” como “bodes expiatórios” para atacar direitos históricos conquistados pelas lutas do povo pobre e trabalhador, bem como os programas sociais atuais. Elencamos alguns dos objetivos dessa ofensiva da direita:

  • Dentre os parlamentares e as grandes empresas envolvidas em corrupção, há um objetivo principal em colocar fim às investigações através do impeachment, constituindo um novo governo que controle a Polícia Federal, a grande imprensa, juízes federais e o Supremo Tribunal Federal, freando a Lava Jato e as demais investigações em curso;
  • Redução do Estado brasileiro, seguindo uma lógica neoliberal perversa;
  • Garantir que a economia nacional seja pautada pelos grandes bancos e submissa à política econômica nociva do FMI, Banco Mundial e outros perniciosos espoliadores internacionais;
  • Implementar uma política internacional submissa ao imperialismo estadunidense, servindo-se, como consequência, como um efetivo “QG político” do imperialismo na América Latina;
  • Privatização das maiores estatais, especialmente a Petrobras.
  • Passar a cobrar ou privatizar os serviços públicos (saúde – SUS, educação, segurança – presídios, etc.);
  • Flexibilização das leis trabalhistas e consequente prejuízo depositado nas costas dos trabalhadores (terceirização, priorização das convenções coletivas em relação à CLT, revisão da lei do trabalho escravo, aposentadoria para mulheres e homens em igual idade, a despeito da sobrecarga de trabalho por parte das mulheres, que na maioria das vezes é responsável também pelo trabalho doméstico e cuidados com os filhos);
  • Corte de direitos constituídos (por exemplo, a revisão de demarcação de terras indígenas, não demarcação das terras quilombolas; completa ausência de políticas voltadas à diversidade de orientações sexuais; etc.);
  • Corte (gradual ou instantâneo) dos programas sociais do governo (Bolsa Família; Fies; Pronatec; Minha Casa, Minha Vida; Minha Casa Minha Vida-Entidades; Mais Médicos, dentre outros).
  • Acentuar a “policialização” do Estado brasileiro ampliando o monitoramento, a repressão e a criminalização aos movimentos sociais e de esquerda e uma propaganda ideológica de que esquerda é sinônimo de corrupção, crime, baderna;
  • Impulsionar uma política conservadora e retrógrada nas escolas, minando as discussões sobre política, gênero, raça etc., impulsionando conceitos preconceituosos e intolerantes.

Dentre outros objetivos perversos.

Buscando atingir esses objetivos, a direita vem ganhando corpo, espaço e conquistando sucessivas vitórias na política nacional, seja no parlamento ou no campo ideológico, escondendo-se por trás da máscara da “anti-corrupção”, do “anti-petismo” ou mesmo do primitivo (mas preocupante) “anti-comunismo”.

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(Ceará) Assembleia Popular Horizontal de Fortaleza lança campanha “Fora todos! Poder para o povo!”

fora todos

Os recentes áudios vazados comprovam o que todos nós já sabíamos: que a corrupção e a podridão estão presentes em todas as instituições que sustentam o sistema. Deputados, senadores, ministros, militares, imprensa, empresários, partidos, supremo tribunal federal, políticos ditos de esquerda e de direita, etc.

Mostram assim que não estão do lado do povo, mas de um sistema baseado na concorrência das grandes empresas capitalistas pelo controle e uso dos recursos do país.

O Estado, sempre corrupto, nos rouba não apenas dinheiro, mas junto com o capital, nos rouba a própria vida. Nos roubam da saúde, da educação, da merenda, roubam nossa cultura, nossa internet, nossa terra, nossos direitos, nossa liberdade.

Não ficaremos calados. Chegou a hora do povo dizer basta! Tudo o que nos roubaram até hoje, nós tomaremos de volta a partir de agora!

Ocupemos as escolas, os prédios públicos, as fábricas, as terras, as praças, as ruas! Ocupemos a vida e experimentemos decidir por nós mesmxs o que juntxs queremos viver!

Vamos construir desde baixo a única saída verdadeiramente popular: A democracia direta e real, sem políticos para decidir por nós! Vamos à luta juntxs, em uma grande manifestação por todo o país, de forma horizontal, autogerida e descentralizada!

Por Assembleia Popular Horizontal :: Fortaleza