(Tradução) Você é uma pessoa anarquista? A resposta pode te surpreender! | Por David Graeber

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É provável que você já tenha ouvido falar sobre quem são xs anarquistas e no que elas/eles supostamente acreditam. Provável que quase tudo o que você tenha ouvido não tenha sentido algum. Muitas pessoas parecem pensar que as pessoas anarquistas são defensores da violência, do caos e da destruição, e que elas se opõem a todas as formas de ordem e organização, que elas são niilistas malucas que apenas querem explodir tudo. Na realidade, nada pode estar mais longe da verdade. Anarquistas são simplesmente pessoas que acreditam que os seres humanos são capazes de comportar-se de uma maneira razoável sem terem que ser forçados a isso. É uma noção bastante simples, na verdade. Mas é a noção que os ricos e poderosos sempre acharam ser a mais perigosa.

Na sua forma mais simples, as crenças anarquistas podem ser resumidas a duas premissas. A primeira é que os seres humanos são, sob circunstâncias normais, tão razoáveis e decentes quanto eles tem a permissão para serem, e daí que eles podem se autogerir e organizar as suas comunidades sem que seja necessário dizer-lhes como. A segunda é que o poder corrompe. Acima de tudo, o anarquismo é apenas uma questão de ter a coragem para tomar os princípios mais simples da decência comum que todos nós vivemos, e segui-las até as suas conclusões lógicas. Por mais estranho que isso pareça, nas mais importantes formas, você provavelmente já é uma/um – você apenas não se tocou disso.

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(Rio de Janeiro) Um relato sobre o ato-greve dxs servidorxs públicos e contra o peleguismo sindical | 2 de Março de 2016

Em um dia que começou muito antes do 2 de Março, alunas e alunos, professoras e professores, servidores do Estado e apoiadores tomaram as ruas do Centro da cidade do Rio de Janeiro protestando e reivindicando seus direitos mais básicos, como salário e educação, em um protesto que não se limitou apenas ao centro da cidade tento em vista manifestações de alunos e professores em diversas escolas por todo o Estado.

Profissionais da Educação lotaram o espaço da Fundição Progresso em assembleia realizada no dia 2, enquanto alunos de diversas outras escolas estaduais tomavam por completo as escadarias da Câmara dos Vereadores na Cinelândia. Era de dar gosto ver como os estudantes estavam engajados na luta.

As 15h seguiram todas para o encontro nas escadarias da Alerj, tomando a por completo (não só as escadarias mas as ruas da Av. 1° de Março). Era notável o número de pessoas ali, que se nos é permitido arriscar tomava proporções de cerca de 10 mil pessoas.

O ato seguiu até a Cinelândia e teve o seu término em frente à Câmara dos Vereadores. Nesse momento, vaias intermináveis foram ouvidas em toda a região devido ao fato do carro de som (do sindicato) ter puxado o Hino Nacional. Não satisfeitos com tamanha burrice, pois ali não havia espaço para nacionalistas, os dirigentes do sindicato, tomados pelo poder que o microfone lhes dá, tiveram a audácia de agradecer à polícia militar pela escolta e segurança no ato.

Destacamos aqui um comentário muito lúcido sobre o ato de ontem que coletamos na internet:

“Ontem o ato foi incrível.

Mas no Final, o sindicato pelego (normal os sincatos serem assim) fez vergonha!

Agradecer a PM?

Vocês esqueceram o que a PM fez com os professores em 2013?

E vocês se lembram pra quem vocês foram pedir ajuda?

E quem deu o sangue literalmente por vocês?

E cantar o hino?

Está de brincadeira, só faltou a selfie com a PM e pedir para o próximo ato a galera ir com a camisa da CBF!

Uma hora o pezão vai mandar a PM agir com truculência, pois isso é normal, e sempre aconteceu!

Ai vocês lembraram quem está realmente ao lado de vocês.”

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(Rio Grande do Sul) Justiça condena estado gaúcho a indenizar Quilombo dos Silva

Via AfroPress

Porto Alegre/RS – O Estado do Rio Grande do Sul foi condenado a indenizar o Quilombo da Família Silva – o primeiro quilombo urbano titulado no Brasil – por dano moral coletivo, em virtude da ação da Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) numa invasão promovida por milicianos, a pretexto de fazer abordagem de moradores, ocorrida em agosto de 2010.

A decisão, por unanimidade, é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que confirmou a sentença de primeira instância na Ação Civil Pública movida pelo Ministério. Público Federal depois de representação da comunidade e de coletivos ligados à luta quilombola gaúcha.

A ação foi protocolada em 2013. A decisão saiu no ano, passado e foi confirmada agora por meio de Acórdão da 3ª Turma do Tribunal Tribunal Regional Federal.

familiasilva00101032016185947Na sentença, a juíza relatora Maria Isabel Pezzi Klein, reconheceu o dano moral coletivo e condenou o Estado ao pagamento de R$ 236 mil (R$ 236.400,00) à título de indenização. Ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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