(Honduras) Em memória a Berta Cáceres, ativista indígena assassinada, e pela soltura de Gustavo Campo: ato de solidariedade no Rio de Janeiro

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Ativista ambiental e líder indígena dos lencas, Berta Cáceres, após anos de ameaças a sua vida, é assassinada no último 3 de março de 2016. Grande lutadora e liderança das lutas populares e indígenas em Honduras, foi assassinada pelo poder econômica das grandes empresas as quais ela lutava contra.

Berta foi assassinada em sua casa por invasores armados. Antes de sua morte, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos havia requisitado ao governo hondurenho proteção policial por conta das ameaças que a ativista recebia. No dia de sua morte, Berta não contava com nenhum tipo de proteção.

Em 2013, a ativista declarou a imprensa que “o exército [hondurenho] tem uma lista de assassinatos com o nome de 18 ativistas pelos direitos humanos com o meu nome no topo. Eu quero viver, ainda há muitas coisas que quero fazer nesse mundo mas eu nunca considerei desistir da luta pelo nosso território, por uma vida com dignidade, porque nossa luta é legitima. Eu tento ter cuidado mas, no final, nesse país onde a impunidade é total, eu estou vulnerável… Quando eles quiserem me matar, eles irão fazer.”

Co-fundadora e coordenadora do Conselho das Organizações Populares e Indígenas de Honduras, foi uma das principais líderes na campanha que conseguiu expulsar a maior empresa de construção de barragens do Rio Gualcarque.

Ativista mexicano que estava no momento com Berta está retido em Honduras: chamada para ato em sua solidariedade no Rio de Janeiiro

Gustavo Castro Soto, mexicano, também ativista e lutador, residente de Chiapas, estava hospedada na casa de Berta quando ela foi assassinada e foi ferido pelos invasores. Grupos acusam o governo hondurenho de ter detido o ativista e exige do governo mexicano que coloque pressão na soltura de Gustavo.

Na sexta-feira, 17 de março, haverá uma ação de solidariedade na cidade do Rio de Janeiro. Um ofício foi enviado para o consulado do México, exigindo a atuação do governo para levar Gustavo Castro de volta ao seu lar.

A conversa e entrega de documentos será às 12h. Militantes de distintas organizações estarão presentes no local desde as 11h30 na entrada do edifício, localizado na Rua Machado de Assis, número 20, Flamengo, Zona Sul da cidade.

Os grupos que convocaram essa ação pede o máximo possível de apoio e divulgação.