Colabore com a editora artesanal Punho Cerrado para a publicação do livro Pedagogia da Desmularização através do site da Catarse (basta clicar no link). Dependendo da colaboração, a pessoa irá receber da editora não só o livro, como também outros produtos do coletivo, como stickers e lambe-lambes. Abaixo segue o comunicado da campanha.
A editora artesanal punho cerrado é destinada a literatura libertária com a confecção de zines, livros artesanais, lambe-lambe , stickers, etc.
O projeto não tem somente como objetivo a publicação do livro Pedagogia Da Desmuralização mas também a arrecadação de fundos para a compra de um impressora “EPson K101” que só com ela se realizará a publicação do mesmo.
O livro:
PEDAGOGIA DA DESMURALIZAÇÃO é um estudo educacional que parte dos princípios da pedagogia libertária e da descolorização, faz uma dura critica ao atual sistema educacional que enjaula indivíduos entre muros visando apenas a manutenção da mão de obra para o grande capital. O livro faz uma comparação da educação prussiana que recebemos hoje com a escola libertária dentro e fora de sala e ainda a educação em uma sociedade utópica. A pedagogia da desmuralização também oferece uma nova ou não tão nova maneira de se aprender baseada nos princípios libertários.
Rio de Janeiro, 6 de junho de 2015, data da realização do Sarau da Escola de Rua, cuja missão é o ensino, de caráter libertário, a moradores e moradoras de rua da cidade. O sarau foi realizado na Rua Luis de Camões no Centro do Rio, atrás do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e ao lado do Teatro João Caetano. Um local marcado pela violência de infratores que tanto amedrontam as ruas da cidade.
Através de uma intervenção artística foi lembrado o primeiro encontro da Escola de Rua, que completou um ano no último dia 29 de Abril de 2015. Onde não há educação a violência predomina e é por isso que a Escola de Rua atua em regiões de alto índice de periculosidade social, mediando, através da esducação e da cultura, as relações de afeto e inclusão.
No Sarau muitas coisas foram diferentes do planejado, porém as surpresas foram incríveis. Entre poemas libertários, oficina de grafite, oficinas de trabalhos manuais – uma delas ministrada por um morador de rua que produz baterias com latinhas de alumínio – e muita música – uma brilhante dupla libertária e um grupo mexicano que toca nas ruas do Rio e no metrô, tendo um de seus integrantes um ex-morador de rua e ex-vendedor da revista Ocas, pudemos ouvir palavras de protestos intervencionistas e palavras de incentivo e carinho.
Houve também brincadeiras com as crianças e muitos voluntários e voluntárias queridas estiveram presentes. Que venham muitos outros saraus, que possamos vencer o medo e intervir através do amor plantando calor humano. Apesar da tensão de todos e todas, podemos dizer que o afeto venceu a desconfiança. Obrigado a companheiros e companheiras que contribuíram de alguma forma e terça-feira que vem tem aula no Largo de São Francisco!
Mais imagens do Sarau
A Rede de Informações Anarquistas agradece a Escola de Rua pelo registro textual e imagético e oferece todo apoio e solidariedade ao projeto
Local do evento: Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO) | Endereço: Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro
| QUINTA-FEIRA | 4 de junho | Primeiro dia |
(A partir das 9 horas) Chegada e alojamento
(18:30h) Conferência de Abertura: Federalismo Anarquista
| SEXTA-FEIRA | 5 de junho | Segundo dia |
(09:00 a 12:30h) Roda de Conversa I: Conjuntura nacional e internacional
(12:30 a 13:00h) Intervalo para Almoço
(13:00 a 18:30h) Grupos de Discussão: Pedagogia Libertária | Privacidade Web/celular | Assembleias Populares Horizontais no Rio de Janeiro | Comunicação comunitária/Resistência Favelada
(18:30 a 19:00h) Intervalo para Descanso
(19:00 a 21:30h) Roda de Conversa II: Gêneros, sexualidades e Anarquismo
| SÁBADO | 6 de junho | Terceiro dia |
(09:00 a 12:30h) Roda de Conversa III: Anarquismo nas regiões brasileiras e na América
(12:30 a 13:00h) Intervalo para Almoço
(12:40 a 13:30h) Lançamento do Livro Anarquismo é Movimento – Anarquismo, Neoanarquismo e pós-anarquismo de Tomás Ibáñez e bate-papo com Sérgio Nobre, tradutor do mesmo
(13:30 a 19:00h) Fórum Geral: Cartas e relatorias
(19:00 a 21:30) Feira da Autogestão, com participação de diversos indivíduos, coletivos e organizações de todo Brasil e de outros países
| DOMINGO | 7 de junho | Quarto dia |
Dia livre para trocas e conversas
Partida dos indivíduos e coletivos participantes do Fórum
(12:30 a 13:00h) Almoço
Apresentação
O I Fórum Geral Anarquista é aqui considerado como espaço de encontro, conversas, análises, discussões, registros, trocas, sugestões, celebrações. Notadamente, este fórum que realizaremos no Rio de Janeiro terá uma estrutura vertical e uma horizontal. Na forma vertical, uma pauta pré-definida, de convergência e atenção comuns, será pensada e debatida por todos numa Conferência de Abertura, cuja apresentação se dará por meio de mesa com conferencistas exibindo seus estudos-experiências e o público, logo em seguida, realizando considerações ou questões. Em formato misto, as Rodas de Conversas serão constituídas de duas pessoas responsáveis pela relatoria e equilíbrio entre tempo-audição enquanto todos os integrantes de cada Roda abordam temas macro (também pré-definidos) de forma horizontal. A estrutura horizontal contará com os Grupos de Discussão que poderão ser propostos pelos indivíduos e coletivos que participarão do fórum. Em cada Grupo, um de seus proponentes fará relato do que for discutido, para que no último dia de debates possamos realizar o Fórum propriamente dito, onde, com apoio e assistência de coletivos realizadores do evento, serão apresentadas as relatorias das rodas de conversa e dos grupos de discussão. Será um momento importante para propostas dos participantes e mesmo a elaboração de uma ou várias cartas sugeridas.
Ao término do evento, realizaremos a Feira da Autogestão, espaço que se destinará à apresentação de iniciativas autogestionárias e a troca de experiências entre seus idealizadores. Sendo assim, todo e qualquer indivíduo/coletivo que produz material (alimentos e bebidas, conteúdo gráfico, editoras, bazares, feiras agrícolas/orgânicas, etc) ou que incentiva/defende/pensa a autogestão pelo viés libertário terá neste espaço a oportunidade de apresentar seus trabalhos.
Objetivos do Fórum
Promover o encontro de anarquistas no Brasil que possuem inclinação federalista; trocar experiências e conhecer estudos realizados por companheiros e companheiras país adentro; equalizar entendimentos; acordar e realizar ações pontuais locais e/ou gerais; pautar as questões de gênero e sexualidade no campo anarquista; analisar e discutir a conjuntura social, econômica e política brasileira e mundial (crise econômica, terrorismo de estado, perseguição política, arrocho dos trabalhadores, criminalização política e jurídica da pobreza, crise da água, segurança/auto sustentabilidade alimentar e energética, especulação imobiliária, manutenção dos latifúndios rurais, autogestão e descentralização das mídias, movimentos sociais, movimentos populares, sindicalismo, centros de cultura social); conhecer e conversar sobre o federalismo anarquista e elaborar passos efetivos para criação de uma federação ou federações regionais anarquistas.
A Rede de Informações Anarquistas apoia e compartilha a 3ª Jornada de Pedagogia Libertária, organizada pelo coletivo de agitação e propaganda anarquista Difusão Libertária, a ser realizada em Recife, Pernambuco, entre os dias 13 a 16 de outubro. Nesse sentido, convidamos nossas leitoras e leitores a participar dessa iniciativa, uma experiência de divulgação das práticas e estudos sobre a educação anarquista. Mais informações podem ser encontradas no blog do evento.
As Jornadas de Pedagogia Libertária representam o resultado de um esforço que há muito vem sendo gestado pelo Difusão Libertária, e tem como principal objetivo, colaborar para “abrir caminho” à uma abordagem libertária da discussão e da prática em educação.
É um espaço para facilitar o contato com experiências já realizadas, extintas ou em andamento, bem como engajar-se em iniciativas de educação fora de todo condicionamento dominador das pessoas e grupos sociais; alimentando possíveis condições diretas de desenvolvimento de práticas de educação libertária.
Este ano, o tema provocador é: Anarquismo e Educação Integral. E a partir desta edição, a Jornada será organizada com base em 5 eixos temáticos permanentes, para os quais xs participantes poderão submeter seus trabalhos, a saber:
– Autogestão Pedagógica
– História da Educação Anarquista e da Pedagogia Libertária
– Anarquismo, Gênero e Educação
– Educação Anarquista, Ciência e Sociedade
– Prática Educativa, Sindicalismo e Luta Social
Datas importantes
– Data da 2ª Jornada – 13 a 16 de outubro de 2015
– Data limite para envio dos resumos – 31 de julho 2015
– Comunicação da aceitação – 15 de agosto 2015
– Data limite para a submissão do texto completo – 15 de setembro de 2015 (O não cumprimento deste prazo limite implica a não inclusão do texto na edição impressa da memória)
No dia 20 de dezembro de 2014 foi realizada a primeira Escola de Rua com projeção no bairro da Alemoa em Santos. Trata-se de um evento horizontal sem quaisquer vínculos com partidos políticos ou com o governo. A atividade é baseada na auto-gestão, na livre associação e no apoio mútuo (ideais libertários).
Como o calor estava muito forte à tarde, de comum acordo decidimos deixar as atividades para o começo da noite. Por volta das 20:30 eu iniciei uma aula básica de geografia com um pequeno globo e uma lanterna, explicando os principais movimentos da Terra: movimento de rotação e o movimento de translação. As crianças prestaram atenção, sentaram ao redor de mim e ficaram extasiadas. Também surgiram muitas perguntas e muitas considerações sobre a geografia. A aula foi curta e algumas crianças ainda pediram que eu falasse mais sobre a geografia, mas como já era um pouco tarde, pedi para que eles procurassem um bom lugar para assistir ao curta O Reino Azul que pode ser visto no youtube.
Após o curta, Domingos Pardal Braz, que é professor de história, fez uma intervenção perguntando para as crianças e adolescentes sobre os temas tratados no curta e também distribuiu muitos doces para as crianças.
O amigo Rafael Pires foi o responsável por trazer o notebook, caixa de som, o projetor e o pano branco para a projeção e ele trouxe todo esse equipamento de ônibus, numa sacola e numa mochila, um verdadeiro ato de heroísmo, considerando como os ônibus da baixada santista sempre estão lotados e fora a caminhada que ele deu até à comunidade da Alemoa.
O outro filme tinha duração de uma hora e catorze minutos, desenho animado de bela computação gráfica contando a história do Brasil numa perspectiva vista pelos povos oprimidos dos índios, passando pela balaiada, pela ditadura militar e indo até um futuro distante que fala sobre o problema da água no Brasil. Penso que todos envolvidos saíram satisfeitos com o resultado.