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(Artigo) O Caso Sírio: as movimentações do capitalismo para a garantia do seu poder absoluto

coloA França anuncia que deve bombardear a Síria para evitar a entrada de pessoas refugiadas na Europa como se a simples solução fosse, do céu, com seus aviões, jogar bombas e exterminar tudo que suas miras tecnológicas julgarem que deve ou não morrer. Como se a solução para parar a entrada de pessoas refugiadas em países da Europa fosse exterminar todo um povo que, com seu sangue, terá que pagar pela manutenção do Capitalismo.

Tudo isso para não terem que abrir suas fronteiras e receberem famílias que fogem das guerras, criadas e potencializadas por esses mesmos países. Tudo isso para não terem que compartilhar suas riquezas com quem tem fome, sede, frio. Riquezas que, deve-se ressaltar, foram adquiridas depois de anos de exploração colonialista dos ditos “países periféricos”, entre eles, os países do Oriente Médio. Acham mais fácil derramar o sangue do que estender a mão e ajudar o próximo.

Vale destacar que para esses países não há a distinção entre Estado Islâmico (ISIS) e a Resistência Curda. Um prega o fascismo fundamento pela religião o outro uma organização autônoma da região do Curdistão. Logo, para os interesses do sistema capitalista, nenhum dos dois é interessante. Como podemos ver, os curdos e curdas que estão na resistência contra o ISIS estão sendo bombardeados principalmente pela Turquia. O governo turco não só os considera como terroristas, como também reprime a população curda que vive em território turco, além de dificultar a passagem pelas suas fronteiras de militantes, apoiadores e recursos para a região de Rojava, situada dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Síria, onde a Resistência Curda mostra-se mais intensificada.

Dessa forma, a Europa apenas evidencia a sua supremacia enquanto uma raça superior, potencializando assim a segregação, o racismo e discriminação. Quanto mais reforçam colonialsuas fronteiras e erguem seus muros mais essa divisão de raças é feita, mais exposto fica a face do seu fascismo desencadeado pelo sistema capitalista, sistema esse que potencializa a desigualdade entre raças e povos para poder gerar uma mão-de-obra barata na produção dos produtos consumidos pelas pessoas brancas dos países do norte.

Não podemos esquecer que quem criou essa situação foram os Estados Unidos e seus aliados, integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ao impulsionarem o Estado Islâmico a derrubar o governo da Síria, os armando e financiando e, assim, através de mais um “governo marionete”, poderem colocar os interesses do imperialismo/Capitalismo na Síria e por todo o Oriente Médio.

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(Rio de Janeiro) Greve Estudantil na UFRJ: chamado à construção do levante pelas bases!

IMG_20150615_094957Há duas semanas, uma grande assembleia geral de estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizada no Centro de Ciências da Saúde, deliberou, mediante a presença de mais de mil pessoas, dentre estudantes da graduação, pós-graduação, observadores dos técnicos-administrativos e do corpo docente, a instalação de uma greve estudantil permanente. Nas inúmeras pautas levantadas por diversos movimentos, coletivos e indivíduos, destaca-se a crise na assistência estudantil. Com o agravamento no corte de verbas do orçamento federal para a educação brasileira, e, paralelamente, a crise na gestão da UFRJ, a assistência aos estudantes negros, pobres, trabalhadores, precarizados vêm sendo sistematicamente ignorada por todo o corpo administrativo gestor da universidade, enquanto centenas de alunos e alunas deixam de frequentar as aulas graças ao atraso no pagamento de bolsas de permanência, bloqueio na saída de novos editais para bolsas de auxílio, abandono do alojamento estudantil, criminalização da luta por assistência aos estudantes cotistas e total falta de respeito à realidade daqueles que não possuem condições financeiras para sustento próprio sem o devido auxílio da comunidade acadêmica.

É importante frisar que esta pauta não começou em 2015. Levando em consideração o fato da UFRJ ter sido uma das últimas universidades públicas a aderir ao sistema de cotas sociais e raciais, entre 2011 e 2012, período da última grande mobilização grevista vista por aqui, já discutia-se a implementação de políticas reais que garantissem a assistência estudantil aos alunos cotistas, parcela esta que apresenta os maiores índices de evasão da universidade por motivo financeiro. Ainda naqueles anos, as assembleias estudantis lutaram pela instauração da bolsa de acesso e permanência, a finalização de obras nos restaurantes universitários e auxílio moradia. As mobilizações daquele período passaram e agora, mediante os cortes no orçamento federal (através de um conjunto de práticas mundialmente conhecidas como Austeridade Fiscal) nos vemos novamente na luta pela assistência estudantil, com a crucial diferença de que, agora, todo os ganhos obtidos no passado estão fortemente ameaçados. É válido lembrar que a comunidade acadêmica da UFRJ já enfrentou uma primeira paralisação no início de seu ano calendário letivo, com a realização de uma grande assembleia estudantil no primeiro dia marcado para o início das aulas (após um primeiro adiamento por falta de recursos para pagamento dos funcionários terceirizados) cuja pauta principal já configurava o que hoje é nítido aos que mais precisam: a assistência estudantil está sendo abandonada!

Também lembramos que a manutenção de um processo de lutas verdadeiramente participativo e amplo requer métodos horizontais e não hierarquizados para nossa própria organização. Para tanto, 2013 nos deixou valiosos aprendizados, como a importância da construção cotidiana pelas bases, respeitando o debate e a autonomia de cada grupo/coletivo envolvido nos diversos espaços de luta. Por isso mesmo, acreditamos na importância da quebra imediata com modelos organizativos centralizadores de processos, grupos formados por interesses escusos ao da coletividade com o único objetivo de comandar e guiar o movimento grevista (e isso não é diferente no meio estudantil). O resultado na reunião do Consuni – Conselho Universitário da UFRJ (ocorrido na manhã de ontem, 11 de Junho) e a assembleia geral dos estudantes na Escola de Música reforçam nosso posicionamento de que a greve estudantil, mesmo deflagrada e reconhecida institucionalmente, só terá legitimidade se for verdadeiramente organizada pela associação livre estudantil, de baixo para cima, de forma autônoma, descentralizada, libertária!

As falas contra a supressão do calendário acadêmico defendidas pelos conselheiros do Consuni (dentre eles o reitor recentemente eleito pela comunidade acadêmica, Roberto Leher) e por estudantes e professores da elite organizada que atua dentro da UFRJ apenas nos provam como é urgente a necessidade de espaços libertários reais dentro da universidade que reúnam e potencializem a fala dos mais oprimidos pelas políticas de corte na assistência estudantil e precarização do ensino. Falamos aqui de espaços que contemplem negras e negros, pobres, trabalhadores e desempregados que hoje mal conseguem pagar os preços absurdos de um ônibus intermunicipal para deslocar-se, por exemplo! A greve estudantil, para ser legítima, precisa do recorte racial e econômico em todos os cursos mantidos pela universidade, tanto na graduação quanto na pós! É preciso coragem, força e apoio mútuo para rompermos com modelos centralizadores, partidários e conservadores que imperam na UFRJ há décadas, e nós acreditamos que vivemos sim o momento ideal para, ao menos, iniciarmos os diálogos e articulações necessárias nesse sentido!

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Protesto de aluno negro após uma professora do curso de Letras realizar fala de cunho racista durante o Consuni.
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Auditório lotado para reunião do Consuni
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Muitos estudantes ocuparam o saguão e os espaços externos do prédio da Reitoria para assistir a reunião do Consuni.
Assembleia geral dos estudantes da UFRJ realizada na Escola de Música, instituição reconhecida tradicionalmente pelo seu conservadorismo!
Assembleia geral dos estudantes da UFRJ realizada na Escola de Música, instituição reconhecida tradicionalmente pelo seu conservadorismo!

Lembramos também que os técnicos-administrativos e seus comandos de greve local estiveram presentes na reunião do Consuni e na Assembleia Geral dos Estudantes, assim como os funcionários terceirizados e alguns professores que não concordam com a decisão de não adesão à greve por parte da categoria. Em todas as falas, ficou nítido a vontade e a necessidade da união de pautas e lutas! Estudantes e trabalhadores já ensaiam na UFRJ o que podemos prever para os tempos vindouros em todo o Brasil na área da Educação: a união real, pela BASE, entre as pautas sociais e econômicas que lutarão por um projeto de sociedade diferente do que está sendo imposto pelo governo!

Deixamos aqui nosso chamado à luta, à construção da greve geral na educação pela BASE, com a BASE! Sem comandos centralizados, sem direções iluminadas ou vanguardas intocáveis!

Nós por nós, todos contra eles!

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(Rio de Janeiro) UERJ e Metro-Mangueira: descaso, repressão e novas prisões políticas

Moradores da Metrô Mangueira resistem à remoção e à repressão policial
Moradores da Metrô Mangueira resistem à remoção e à repressão policial

A crise que assola os setores da educação e saúde em nosso país é reflexo das políticas capitalistas que priorizam bancos e empresários ao invés da população e suas necessidades. Na Universidade do Estado (UERJ) a situação sempre foi difícil pois a falta de autonomia e democracia na universidade mantém alunos(as) e funcionários(as) na mão dos desmandos do governo do estado, Pezão, e do Reitor Vieiralves (PT). A precarização no estudo e no trabalho sempre vigorou na UERJ e com os cortes de orçamento na educação, são sempre os setores mais oprimidos os primeiros a serem prejudicados. Cotistas e trabalhadores terceirizados da universidade, ambos recebendo entre 400 e 600 reais, sofrem desde o final do ano passado com atrasos sistemáticos nos seus pagamentos. As funcionárias terceirizadas, responsáveis pela limpeza e elevadores, são as mais prejudicadas, pois passaram o natal e ano novo sem comida em casa. Passam meses sem receber, quando recebem é atrasado e com cortes, são punidas com descontos e demissões quando param de trabalhar de graça e ainda são chantageadas pelo patrão e pela central sindical, a pelega UGT, para trabalharem por qualquer 100 reais e furarem as paralisações.

Diante do quadro de descaso, os setores dos movimentos sociais na UERJ vem se mobilizando com assembleias, paralisações e atos. Para os estudantes também não faltam pautas de luta. O pouco auxílio de permanência, a falta de apoio para moradia e transporte, a precarização da sua mão de obra com estágios exploratórios e a falta de infra-estrutura nos campus como a inexistência de creche leva milhares de alunos e alunas a continuarem a ser excluídas pelo sistema racista e desigual de acesso a universidade, mesmo depois que passam pelo vestibular, com ou sem cotas.

Na terra dos mega-eventos, nascer pobre e negro já é nascer criminoso. Como se não bastasse, as remoções de casas continuam a toda na cidade, realizando uma limpeza étnico-social para as Olimpíadas. A favela do Metro-Mangueira sofreu na semana passada mais demolições de casas e estabelecimentos, incluindo a igreja local. Na quinta feira a assembléia estudantil aderiu a mobilização na frente da comunidade durante a truculenta demolição de casas com todos os pertences pessoais dos moradores dentro. Policiais armados jogaram bombas, gás de pimenta e atiraram com balas de borracha contra crianças, moradores e idosos. Dois moradores foram espancados e estão sendo indiciados por resistência e lesão corporal. Uma criança de 5 anos levou um tiro de borracha na cabeça. A manifestação ao ser brutalmente reprimida pela polícia adentrou ao campus da UERJ Maracanã para se proteger e encontraram as portas fechadas. O que se iniciou foram as cenas de violência que todos e todas viram na mídia. Seguranças terceirizados da UERJ, a mando da reitoria, tentaram dispersar alunos(as) e moradores(as) da Mangueira com jatos de água de mangueiras de incêndio, jogaram pedras e outros objetos contra os manifestantes e diversos alunos e alunas foram agredidas. Um aluno da geografia foi arrastado para uma sala no interior do prédio e espancado pelos “seguranças”. Diante do terror, manifestantes indignados(as) tentaram se defender respondendo aos ataques que vinham de dentro do prédio.

Essa semana a luta continua, estudantes buscam construir a greve geral da educação e entraram em estado de greve. Assembleias e paralisações foram puxadas para construir a greve e um ato em repúdio a reitoria foi marcado para amanhã e outro, puxado pelo sindicato dos professores (ASDUERJ) para quarta que vem (10/6). As remoções no Metro podem voltar a qualquer momento e os moradores e moradoras que gritam contra a perda de suas casas estão sendo criminalizadas. A reitoria da UERJ e a mídia burguesa pedem sangue. O reitor insinuou em nota que “falanges políticas” haviam convocado “pessoas estranhas a UERJ” apenas para depredar a universidade. O racismo e a criminalização não tem limites, pois a reitoria tenta insinuar à comunidade acadêmica que estudantes cotistas e favelados juntos formam uma associação criminosa perigosa.

O delegado Marcus Neves da 18o Delegacia de Polícia da Praça da Bandeira pretende indiciar inicialmente 12 pessoas, 9 estudantes e 3 moradores da comunidade Metro-Mangueira por crime de dano ao patrimônio, associação criminosa e lesão corporal por causa do confronto ocorrido na quinta passada. A intenção é abrir um inquérito contra 30 pessoas, a maioria estudantes da História, Filosofia e Geografia, inclusive acusando uma pessoa de tentativa de homicídio.

PELO FIM DAS PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS!

TERRORISTA É O ESTADO!

Originalmente publicado no site Autogestao.org

Dia de ação global pelos estudantes normalistas de #Ayotzinapa

Consulado do México - Rio de Janeiro
Consulado do México – Rio de Janeiro
Arcos da Lapa manifestação por justiça e contra o assassinato dos estudantes em Ayotzinapa - Rio de Janeiro
Arcos da Lapa manifestação por justiça e contra o assassinato dos estudantes em Ayotzinapa – Rio de Janeiro
Arcos da Lapa Manifestação por justiça contra o assassinato do estudantes da escola normal de Ayotzinapa - Rio de Janeiro.
Arcos da Lapa Manifestação por justiça contra o assassinato do estudantes da escola normal de Ayotzinapa – Rio de Janeiro.

 #MÉXICO 22 de Outubro 2014, Guerrero – Iguala para o mundo!

Em 26 de setembro, 43 estudantes desapareceram após terem sido atacados a tiros pela polícia em Iguala, no estado de Guerrero, México.

Os jovens estudavam em uma Escola Normal Rural, em Guerrero, e tinham viajado para Iguala para participar de um protesto relacionado à situação da educação no país. No caminho de volta, a polícia abriu fogo contra os ônibus que levavam os estudantes.

Seis pessoas foram mortas e 20 ficaram feridas. Cerca de 20 estudantes foram presos pela polícia. Outros 43 foram sequestrados e permanecem desaparecidos.

A “Escuela Normal Rural Raúl Isidro Burgos de Ayotzinapa” é uma instituição de ensino superior que forma professores para a educação básica; ela teve um papel de luta extremamente importante no começo do século XX dentro do contexto da Revolução Mexicana por formar nomes como Lucio Cabañas e Genaro Vázquez, líderes populares que fomentaram a luta armada entre o povo do campo. Um de seus estudantes chega até a defini-la da seguinte forma: “somos uma escola de luta, o professor não manda aqui”.

No dia 22 de outubro é declarado o Dia de Ação Global por Ayotzinapa e até amanhã estudantes e trabalhadoras/os do México paralisam suas atividades em nível nacional. O E.Z.L.N (Exército Zapatista de Liberação Nacional), formado por populares organizados de forma autônoma ao sul do país, também declarou que unirá suas vozes e seus punhos aos de milhares de outras/os que participam dessa mobilização. Além disso, vários países se manifestaram em solidariedade com os estudantes desaparecidos da escola normal Ayotzinapa.

No Brasil estados como São Paulo e Rio de Janeiro estavam presentes no apoio as famílias dos estudantes de Ayotzinapa.

Alguns países nas fotos abaixo: México, Brasil, França, Japão, Holanda, Espanha – Catalunha, India, Inglaterra, Argentina entre outros.

“A sua luta é a nossa luta, a sua dor é a nossa dor!”

UNICAMP - Manifestantes pedem justiça contra o assassinato dos estudantes da escola normal de Ayotzinapa - Campinas - SP
UNICAMP – Manifestantes pedem justiça contra o assassinato dos estudantes da escola normal de Ayotzinapa – Campinas – SP
UNICAMP - Manifestantes pedem justiça contra o assassinato dos estudantes da escola normal de Ayotzinapa - Campinas - SP
UNICAMP – Manifestantes pedem justiça contra o assassinato dos estudantes da escola normal de Ayotzinapa – Campinas – SP

Comunicado e chamado da IFA em solidariedade e apoio ao povo curdo e a DAF (Ação Revolucionária Anarquista)

Contra o terror do Estado e a religião. Liberdade para os povos.

International Federation Anarchist
International Federation Anarchist

Em Rojava, no oeste do Curdistão, em território sírio, o Estado Islâmico (EI) atacou a cidade de Kobané, junto da fronteira com a Turquia, e a população enfrenta agora a brutalidade desta força autoritária e obscurantista.

O Curdistão, e outras regiões, está sob a violência do Estado Islâmico. A resistência do povo é admirável. Essas são as verdadeiras forças do progresso. Na verdade não há nada a esperar dos jogos militares dos Estados Unidos, da União Europeia e das potencias da região. Os diversos Estados envolvidos estão usando esta área como um campo de batalha para as suas próprias estratégias e para venderem as suas armas.

O papel do governo religioso da Turquia é crucial na região. Evita, com violência, o fluxo de famílias de refugiados, mas, permite a passagem de combatentes islamitas para a Síria. Fica claro que o governo turco está, efetivamente, em guerra com o povo curdo.

Nas regiões curdas, apesar da guerra, uma proclamada revolução “democrática” está em marcha através do “confederalismo democrático”. Tudo isto nos anima a continuar a trabalhar e a mostrar o nosso apoio ao povo do Curdistão e em qualquer outro lugar, lutando contra a barbárie religiosa e contra a opressão do Estado. Dada esta nossa posição, estamos contra qualquer intervenção militar de forças mundiais ou regionais. Sabemos que qualquer intervenção estatista atuará contra as transformações sociais.

As mulheres estão fortemente implicadas em todos os aspectos da sociedade e dos grupos de resistência. Isto significa uma revolução da mulher contra o machismo e a sociedade feudal. É, provavelmente, um dos aspectos mais importantes da situação atual.

DAF (Ação Revolucionária Anarquista), uma organização anarquista da Turquia, presta assistência aos refugiados e àqueles que lutam contra o avanço do Estado Islâmico. Fazemos um apelo a todas as organizações anarquistas para que organizem manifestações de apoio em frente às embaixadas, nas ruas, em todos os lugares em que isso seja possível, para difundir a informação e construir um apoio direto às organizações anarquistas na Turquia, no Curdistão ou em qualquer outro lugar em que se lute contra a barbárie religiosa e a opressão estatal.

Para apoiar as pessoas do Curdistão e os refugiados, a Internacional das Federações Anarquistas se une a iniciativa da DAF, e está colocando a disposição uma conta de apoio. Enviar as doações a SEL (mencionar “DAF”):

IBAN: FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175

Pela emancipação dos povos. Solidariedade Internacional.

Internacional das Federações Anarquistas – IFA

Roma, 4-5 de Outubro de 2014.

Tradução – ANA – Agencia de Notícias Anarquista.

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Frances

Dans le Rojava, à l’ouest du Kurdistan, en territoire syrien, l’État islamique (Isis) a attaqué la ville de Kobane, à proximité des frontières de la Turquie, et la population est aujourd’hui confrontée à la brutalité de cette force autoritaire / obscurantiste.

Le Kurdistan, ainsi que d’autres régions, est touché par la violence de l’État islamique (ISIS). La résistance du peuple est admirable. Ce sont les véritables forces de progrès. Il est, en effet, rien à attendre des jeux militaires des États-Unis, de l’Union européenne et des puissances régionales. Les différents États concernés utilisent la région comme un champ de bataille pour leur propre stratégie et de vendre leurs armes.

Le rôle du gouvernement religieux de la Turquie est crucial dans la région. Il empêche, par la violence, le flux des familles de réfugiés, alors qu’il laisse passer les combattants islamistes en Syrie. Il est donc clair que le gouvernement turc est en guerre contre le peuple kurde.

Dans les régions kurdes, en dépit de la guerre, a été proclamée une révolution « démocratique » avec une forme de « confédéralisme démocratique ». Tout cela nous encourage à poursuivre notre travail et notre soutien au peuple du Kurdistan, et d’ailleurs, en lutte contre la barbarie religieuse et contre l’oppression étatique. De cette position, nous sommes contre toute intervention militaire de puissances régionales ou mondiales. Nous savons que toute intervention étatique agira contre les transformations sociales en cours.

Les femmes sont fortement investies dans tous les aspects de la société et dans les groupes de résistance. C’est une révolution des femmes contre le machisme et la société féodale et c’est probablement l’un des aspects les plus importants de ces événements.

DAF (Action Révolutionnaire anarchiste), organisation anarchiste en Turquie fournissent une assistance aux réfugiés et à celles et ceux qui combattent l’avancée de l’État islamique. Nous appelons toutes les organisations anarchistes à organiser des manifestations de soutien devant les ambassades, dans la rue, dans tous les endroits possibles ; à diffuser l’information et à construire un soutien direct avec les organisations anarchistes en Turquie, au Kurdistan et ailleurs, qui se battent contre la barbarie religieuse et l’oppression étatique.

Pour l’émancipation des peuples.
Solidarité internationale.

CRIFA – Internationale des Fédérations Anarchistes. Rome 4-5 Octobre 2014

Afin de soutenir les populations au Kurdistan et les réfugiés, l’Internationale des Fédérations Anarchistes s’associe à l’initiative de DAF, groupe anarchiste en Turquie, et lance une nouvelle souscription. Envoyez vos dons à SEL (mention DAF) : IBAN : FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175

Fonte: http://i-f-a.org/index.php/fr/communiques/557-contre-la-terreur-de-l-etat-et-la-religion-liberte-pour-les-peuples

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Inglish

In Rojava, the west Kurdistan, in Syrian territory, the Islamic State (Isis) attacked the city of Kobane, close to borders of Turkey, and the population is now facing the brutality of this authoritarian / obscurantist force.

Kurdistan, and other regions, is affected by violence the Islamic State (ISIS). The resistance of the people is admirable. These are the real forces of progress. There is, indeed, nothing to expect from military games in the United States, the European Union and regional powers. The various States involved are using the area as a battleground for their own strategy and to sell their weapons.

The role of the religious government of Turkey is crucial in the region. It prevents with violence the flow of refugee families then it leaves the Islamist fighters to Syria. So it is clear that Turkish government is effectively in war with the Kurdish people.

In the Kurdish regions, despite the war, a proclaimed “democratic” revolution appears to be taken with a form of “democratic confederalism”. All this encourages us to continue our work and our support to the people of Kurdistan, and elsewhere, fighting against religious barbarism and against state oppression. From that position, we are against any military intervention by world or regional powers. We know that any statist intervention will act against social transformations.

Women are heavily invested in all aspects of society and resistance groups. This is a revolution of women against machismo and feudal society. This is probably one of the most important aspects of these events.

Anarchists in Turkey provide assistance to refugees and those who fight the advance of Islamic State. We call on all anarchist organizations to organize demonstrations in support outside embassies in the street, in every possible place; to disseminate information and build direct support with anarchist organizations in Turkey, Kurdistan and elsewhere who are fighting against the religious barbarism and state oppression.

For the emancipation of the people.
International solidarity.

CRIFA – International of Anarchist federations.
Roma, 4-5 October 2014

To support people in Kurdistan and Refugees, the International Anarchist Federations joins the initiative DAF anarchist group in Turkey, and is launching a new subscription. Send your donations to SEL (mention DAF): IBAN: FR76 1027 8085 9000 0205 7210 175
Fonte: https://afdundee.wordpress.com/2014/10/09/statment-from-the-international-of-anarchist-federations/