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(Curdistão) Convocatória Internacional: Convite do KJA à participação no 8 de Março, Dia Internacional da Luta das Mulheres

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Estimadas mulheres do mundo:

O grande legado herdado do movimento mundial das mulheres, de luta pela liberdade da mulher no Curdistão, construído através de grandes sacrifícios, continua avançando contra a mentalidade dominada pelos homens nos últimos 40 anos. Fazemos um chamado a todas as mulheres do mundo para que se unam a nós de forma solidária e para que nos ergamos na luta comum este 8 de Março, o Dia da Resistência e da Luta das Mulheres.
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(Relato) Nota sobre a primeira edição do OcupaRap

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No dia 06/03, o coletivo favelada de maioria negra Ocupa Alemão realizou sua primeira edição do OcupaRap. A atividade é mais uma das  diversas atividades que o coletivo realiza no Complexo do Alemão, conjunto de favela localizadas na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Além de várias apresentações de grupos de Rap locais e de outras favela, o evento também contou com a participação do grupo de apoio e pela liberdade de Rafael Braga, que falou sobre o processo e receberam doações de alimento para a família de Rafael. Vale lembrar que o coletivo Ocupa Alemão dá também um grande e importante apoio para as familiares de Rafael Braga, que moram no Complexo do Alemão, recebendo sempre donativos para ele e para sua família.

O evento aconteceu durante toda a tarde e começo da noite e contou com um fluxo grande de pessoas, tanto da favela quanto de outros locais. Além da campanha contra a prisão de Rafael, o evento teve várias falam contra o genocídio da população negra e também a estreia no Rio de Janeiro do jornal da campanha Reaja ou Será Morta/Morto, intitulado ASSATA SHAKUR!

PELA LIBERDADE DE RAFAEL BRAGA VIEIRA!

PELO VIM A PERSEGUIÇÃO À ASSATA SHAKUR

PELO FIM DO GENOCÍDIO DO POVO NEGRO!

(Artigo) Para que(m) serve a denominação “terrorismo”?

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Terrorismo é a palavra que justifica todas as exceções dos estados modernos, criminaliza populações e demoniza idéias partindo do ponto que o estado e sua forma de existir são naturais e moralmente irretocáveis, como monarquias na idade média.

A conservação do estado, sua forma de ser, sua justiça e sua autoridade autodeclarada precisa controlar e punir os fluxos contrários. Criminaliza para negar e esvaziar qualquer política independente de um jogo de poderes estabelecidos e anti-populares. De acordo com o estado, o terrorismo é algo carregado de “ideologia”, pois não existe maior “terrorismo” que o sonho de transformação.

Abaixo desse guarda-chuva de terrorismo estão fascistas como o ISIS, Al-Qaeda e suas práticas deploráveis em todos os sentidos, mas também uma origem comum no coração, no dinheiro e nas armas dos próprios países que contra eles promovem sua “guerra ao terror”.

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(Bahia) Cerca de 20 mil pessoas no Recôncavo estão sendo dizimadas pela Usina de Pedra do Cavalo!

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Cerca de 20 mil pessoas no Recôncavo, pretas e pretos quilombolas, marisqueiras e pescadores, estão sendo paulatinamente dizimados pelo que, podemos dizer, é um dos maiores desastres da foz do Rio Paraguaçu: a USINA HIDRELÉTRICA DE PEDRA DO CAVALO, que funciona há mais de 5 anos SEM licenciamento ambiental, SEM garantir condicionantes ou medidas compensatórias às populações tradicionais.

A usina, projetada em detrimento das populações tradicionais, possui mega turbinas que mesmo funcionando à mínima capacidade, jorram uma quantidade absurda de água rio abaixo. Para manter uma vazão média diária de pelo menos de 10 m³/s (determinado pelo Estado), a usina funciona por aproximadamente 3 horas por dia, estrangulando totalmente o Rio Paraguaçu por quase 22 horas.

Por se tratar de um estuário, há uma adaptação das espécies de peixes e mariscos a uma flutuação gradual de salinidade, pois a água doce do rio mistura-se com as águas do mar que sobem a calha do Paraguaçu conforme horários de maré, quantidade de chuvas, etc. Há anos que a usina libera quantidades imensas de água em poucas horas, adocicando todo o estuário, matando toneladas de mariscos que dependem da salinidade, para depois cortar o fluxo de água doce por um longo período, fazendo a maré salgar todo o estuário matando peixes adaptados a águas mais doces.

Milhares de famílias que antes viviam tranquilas com a abundância na pesca, hoje retiram da maré uma mísera renda familiar per capta mensal de R$ 20,00. Esta rotina diária de enxurradas e estrangulamento do Paraguaçu é como um açoite do senhor de engenho que sobe e desce cotidianamente massacrando os modos de vida das populações tradicionais do Recôncavo. Mas os quilombos resistem e reagem! Compartilhe a informação, organize-se conosco, pressione e apoie esta luta! A causa ambiental, disfarçada pela mídia como um problema que assola a toda a humanidade de forma equivalente, possui um cruel e meticuloso corte de classe, racial, étnico… Deguste esse Café amargo e chegue junto!

Por Café Preto

(Artigo) Confederalismo Democrático: a proposta libertária do povo curdo

“ENTRETANTO, OS CURDOS EXISTEM.” ABDULLAH ÖCALAN

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A palavra Curdistão pode ser remetida à palavra suméria kurti que, há milhares de anos, significava algo parecido com “povo da montanha”. Desde então, a luta dos curdos pela sua existência atravessou um longo caminho até os dias atuais, quando vemos circulando pelo mundo imagens de mulheres curdas lutando nas montanhas com seus sorrisos e armas que se tornaram símbolos de resistência. Podemos dizer que a grande repercussão dessa luta hoje (assim como sua força e beleza) está ligada, dentre outros fatores, ao seu aspecto libertário. Diferente de uma ideia comum relacionada às lutas dos povos minoritários, o movimento de libertação curdo não busca construir um novo Estado. Atravessando a questão étnica, mas indo além dessa, o movimento apresenta uma proposta, que está sendo experimentada nos territórios liberados, de ruptura radical com a modernidade capitalista: o Confederalismo Democrático.

ATUALMENTE, O POVO CURDO É UM DOS MAIORES POVOS SEM ESTADO, COM CERCA DE 30 MILHÕES DE PESSOAS CONCENTRADAS, PRINCIPALMENTE, NA REGIÃO DO CURDISTÃO, QUE ABRANGE UMA PARCELA TERRITORIAL DOS ESTADOS DA SÍRIA, IRAQUE, TURQUIA E IRÃ, COM QUEM MUITOS GRUPOS ESTÃO EM CONFLITO HÁ DÉCADAS.

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