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Um milhar de vezes mais grave do que imaginam e menos do mínimo de atenção do que deveria ter. Milhares de cientistas de várias regiões do planeta estão a exaustivamente divulgarem relatórios que denunciam a catástrofe global resultante das mudanças climáticas e que está logo ali nuns passos adiante em nossa frente e não deixará um sequer humano fora de suas consequências graves. Já não é mais sobre reduzir poluentes, é encerrar de vez a parcela total das emissões. Não é mais parar o desmatamento, é encerrar todas estas atividades danosas e recompor o mais rápido os ecossistemas degradados. Não é mais cuidar dos rios e mares, é reviver seus elementos já mortos. Não é mais preservar as espécies, é desesperadamente tentar frear a desenfreada sexta extinção global massiva.
Noventa por cento dos grandes peixes nos oceanos já se foram, há dez vezes mais plástico do que fitoplâncton nos oceanos, 97 por cento das florestas nativas foram destruídas, 98 por cento das pastagens nativas estão destruídas, as populações de anfíbios estão desmoronando, as populações de aves migratórias estão em colapso, as populações de molusco estão em colapso, as populações de peixes estão em colapso e assim por diante. Duzentas espécies são levadas à extinção a cada dia. Se não sabemos sobre estas graves estatísticas e tendências, deveríamos.
Definitivamente isso não é sobre reduzir tolas taxas de emissões de poluentes em um tempo limite ou aplicar míseras medidas gradativas. Nosso planeta finito está diante de um crescimento infinito de uma civilização extrativa de recursos naturais não-renováveis já escassos. Os solos, as terras, os gelos, as águas, as florestas e o ar estão em seus momentos finais devido à violenta atividade industrial que trabalha massivamente para 7 bilhões de humanos. Não temos o mínimo suporte para tal estrutura durante muito tempo. A comunidade científica internacional já projeta uma população de 9 bilhões de pessoas até 2050 e de 11 a 12 bilhões até 2100. Uma quantidade real e insuportável.
Crescemos rapidamente e quanto mais aumentamos mais drástica se torna nossa situação climática/ambiental e menos recursos e condições temos para suprir os habitantes e este sistema que está em declínio constante. O custo/energia aplicada para sustentar o sistema já é maior do que o custo/energia retornada. Esta discrepância significa o colapso iminente. Se hoje com nossa estrutura e população os “recursos” necessários para nossa sobrevivência e conservação do planeta estão escassos e em queda, o que será de nós quando a população quase duplicar daqui alguns anos? Minérios e combustíveis fósseis além de serem violentamente causadores diretos das mudanças climáticas já estão escassos e eles são vitais para o funcionamento da civilização em cada mínimo aspecto da sociedade. Eles precisam ter seu uso imediatamente encerrado se queremos uma real solução climática isenta de débeis mascaramentos. O pico do petróleo ocorreu na década de 1970 e então desde lá apresenta queda constante. Produzir biocombustíveis é inviável por ser destrutivo assim como o petróleo e exigir grandes extensões de terras para monocultura e ainda mais desmatamento. É também pouco produtivo e ainda toma o espaço da produção de alimentos.
A escassez destes recursos destrutivos além de gerarem crises que só se intensificam contribuem também para conflitos e guerras e já não mais são só estes recursos que estão a impulsionar estes cenários. Agora o básico para a vida está cada vez mais difícil de ser encontrado e por isso também gera estes problemas. A água está cada vez mais escassa devido à desertificação e poluição massiva e a produção de alimentos tem cada vez mais um custo elevado e uma safra em queda constante com previsão de diminuição de 25% até 2050 numa época em que a população mundial aumentará mais dois bilhões e fenômenos como desertificações, desflorestamentos, degelo e secas tornarão inabitáveis e improdutivas milhares de localidades ao redor do mundo além de contribuírem também com o não suprimento de grandes metrópoles que já enfrentam sérios problemas. Nesta época a comunidade científica internacional moderada e próxima a governos anuncia que a temperatura poderá subir até 2 graus célcios e a ala radical e independente diz ser até 4 graus célcios ou mais contribuindo então com o aumento massivo de eventos climáticos extremos e com a insuportabilidade de vida em vários cantos do mundo além de contribuir também com a extinção massiva de espécies que hoje está na casa das 150 a 200 por dia numa proporção 1.000 vezes acima do que naturalmente ocorre.
No ritmo em que as emissões de poluentes pela civilização prosseguem e aumentam a temperatura terrestre a vida das calotas polares e geleiras nas regiões mais frias do planeta já com um processo de derretimento acelerado poderá ter um fim definido na década de 2020 à 2030 e com isso elevar o nível do mar e submergindo as costas de todos os continentes do mundo e afetando mais de 200 milhões de pessoas em toda a terra. Além da elevação do nível do mar o derretimento do gelo do planeta poderá nos levar à uma peculiar extinção através de um mesmo evento climático que ocorreu há milhares de anos através da hipótese da arma de clotratos. Este evento se trata do aumento da temperatura da terra e dos mares que consequentemente derretem as áreas extremas congeladas do planeta e as levam a liberar uma quantidade absurda de metano congelado fazendo então com que a temperatura terrestre já bastante alta se eleve a um nível ainda mais drástico. Este processo é estudado por vários cientistas no mundo que dizem que dentro das calotas polares e geleiras e em suas profundezas há a maior quantidade de metano armazenado no planeta e são passíveis de fácil liberação caso ocorram fortes aquecimentos.
Ao lado das indústrias os carros são os maiores emissores de poluentes no mundo e existe atualmente uma frota de mais de 1 bilhão de carros em todo o planeta e que em poucos anos dobrará de quantidade. Isso é insuportável à Terra. A vida alienada à natureza criada nas urbes está a consumir todas as paisagens naturais necessárias para a plena regulamentação do clima/ambiente na terra e estabilização saudável de seus ecossistemas. O urbanismo é a tomada da natureza pela civilização onde a coloca unicamente como um emaranhado de recursos a serem domesticados para servir a uma extração imparável para infinitamente prestar serviço à economia por meio de fábricas e indústrias na grande civilização mundial. A cultura civilizada é por lógica insustentável e burra. Poderia listar outros milhares de problemas que apontam para o fim logo ali emergido no meio de uma catástrofe global climática, estes citados são somente alguns poucos.
Enquanto seguimos numa marcha planetária para a morte, ridículas conferências com patéticos líderes de Estados apoiados por ambientalistas de corporativistas redes mainstream de ativismo estão a ocorrer para definir miseráveis metas para daqui décadas num problema que é real e ocorre profundamente agora num seguimento crescente em curto período de tempo. Isso não significa a mínima solução. Não há mais o que se discutir se todos nós já sabemos plenamente quais são os problemas e de onde eles vêm. Na verdade há de agir agora e em inconformidade com os mecanismos que o próprio sistema propõe, há que tencionar conflitos fora dos seus próprios termos e valores através da única e verdadeira saída ecológica para salvar as florestas, rios, solos, geleiras, mares, animais e a nós mesmos. Há de utilizar o ecologismo radical. É necessário frear todo o processo industrial e destruir a atual lógica de progresso e modo de vida da qual adotamos. Só é possível encontrarmos uma saída para nossos graves problemas na ecologia radical e ecologia profunda em aliança com povos indígenas.
Basta de reformismos, basta de tratar as consequências e ocultar as causas pelo bem do “progresso” e da maldita economia! É necessário tencionar uma luta revolucionária pela libertação da terra e de nós mesmos! Para isso propaguem a cultura de resistência para suas comunidades e para além delas, formem eco-guerrilhas com seus grupos de afinidades, pratiquem sabotagens e coloquem tudo em chamas!