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(Rio de Janeiro) Relato do Sarau da Escola de Rua realizado no dia 6 de junho

Rio de Janeiro, 6 de junho de 2015, data da realização do Sarau da Escola de Rua, cuja missão é o ensino, de caráter libertário, a moradores e moradoras de rua da cidade. O sarau foi realizado na Rua Luis de Camões no Centro do Rio, atrás do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e ao lado do Teatro João Caetano. Um local marcado pela violência de infratores que tanto amedrontam as ruas da cidade.

escoladeruaAtravés de uma intervenção artística foi lembrado o primeiro encontro da Escola de Rua, que completou um ano no último dia 29 de Abril de 2015. Onde não há educação a violência predomina e é por isso que a Escola de Rua atua em regiões de alto índice de periculosidade social, mediando, através da esducação e da cultura, as relações de afeto e inclusão.

No Sarau muitas coisas foram diferentes do planejado, porém as surpresas foram incríveis. Entre poemas libertários, oficina de grafite, oficinas de trabalhos manuais – uma delas ministrada por um morador de rua que produz baterias com latinhas de alumínio – e muita música – uma brilhante dupla libertária e um grupo mexicano que toca nas ruas do Rio e no metrô, tendo um de seus integrantes um ex-morador de rua e ex-vendedor da revista Ocas, pudemos ouvir palavras de protestos intervencionistas e palavras de incentivo e carinho.

Houve também brincadeiras com as crianças e muitos voluntários e voluntárias queridas estiveram presentes. Que venham muitos outros saraus, que possamos vencer o medo e intervir através do amor plantando calor humano. Apesar da tensão de todos e todas, podemos dizer que o afeto venceu a desconfiança. Obrigado a companheiros e companheiras que contribuíram de alguma forma e terça-feira que vem tem aula no Largo de São Francisco!

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Mais imagens do Sarau

sarau sarau3 sarau4 sarau5A Rede de Informações Anarquistas agradece a Escola de Rua pelo registro textual e imagético e oferece todo apoio e solidariedade ao projeto

(Rio de Janeiro) Moradoras da Vila Autódromo são agredidas em mais uma tentativa de remoção arbitrária

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Dia 3 de Junho de 2015, quarta-feira, na Vila Autódromo, ocorreu mais uma tentativa de remoção e intimidação truculenta na cidade do Rio de Janeiro. Uma família foi expulsa por uma oficial de justiça com apoio da Guarda Municipal, que não esclareceram a moradores e moradoras o que estava acontecendo. Sua moradia foi posta em risco frente a mais um novo processo de demolição. Vários moradores e moradoras foram agredidas, incluindo a Dona Penha, uma das principais lideranças da comunidade, que teve seu nariz quebrado e sofreu lesões no olho causadas por cacetadas proferidas contra o seu rosto. O pessoal da comunidade teve que passar horas em uma delegacia policial apurando o ocorrido.

As marcas da violência arbitrária ficaram evidentes nas fotos divulgadas no perfil virtual da Vila Autódromo nas redes sociais. Relatos indicam que os guardas municipais claramente tinham o intuito de violentar as pessoas moradoras, muitas idosas, aterrorizando física e psicologicamente com o intuito de forçar assim a remoção da comunidade que há anos resiste. Felizmente, a Prefeitura foi obrigada a cumprir uma decisão judicial assinada por um desembargador que suspendeu a remoção, impedindo a demolição da casa. No entanto, o grupo alerta que as covardias presenciadas na quarta-feira pode continuar, o que requer dos movimentos sociais e ativistas uma atenção contínua. O temor é que a Prefeitura e a Guarda Municipal retornem durante o feriado para “terminar o serviço”.

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A atual conjuntura da comunidade se dá por conta de alguns processos de desapropriação que existem para algumas casas na região, todos questionados pela Defensoria Pública. Esta é a primeira tentativa de remoção que ocorre em função do decreto expedido pelo Prefeito em março desse ano, decreto esse que desconsidera os títulos de concessão real de uso dos moradores entregues pelo estado do Rio de Janeiro há vinte anos e a declaração de Área de Especial Interesse Social com relação à comunidade. O Prefeito ainda ignora o projeto de urbanização proposto pelo grupo de moradores e moradoras, que viabilizaria a permanência da Vila Autódromo e deixaria um verdadeiro legado social para a área, além de ser bem menos custoso economicamente ao município.

Se existe uma imissão na posse para a casa, fato é que a Prefeitura não concede tempo hábil para a família encontrar outro local de moradia e se mudar de forma tranquila, desrespeitando o direito constitucional à moradia. Além disso, notícias apuradas até o momento informam que o valor depositado pela Prefeitura é menor que o avaliado pelo perito, havendo decisão judicial que suspende qualquer ato de imissão na posse e demolição. Todos os fatos demonstram, portanto, que a tentativa injustificada de remoção da Vila Autódromo se transforma, cada vez mais, em uma ação que está produzindo múltiplas violações dos direitos de moradores e de todos os cidadãos do Rio de Janeiro.

Mais informações e atualizações da situação da Vila Autódromo podem ser encontradas na página da comunidade, a qual foi utilizada como fonte junto a relatos de ativistas para a redação do presente comunicado. Nós da RIA pedimos para divulgarem essa mensagem e contribuírem se puderem, como puderem. A Vila Autódromo resiste.

Abaixo, seguem mais fotos da violência e arbitrariedade perpetuada pelo Estado a moradores e moradas da Vila Autódromo e uma entrevista com Dona Penha relatando a agressão sofrida:

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(Campinas) Convite aberto para o XIV Expressões Anarquistas – Outubro de 2015

XIV Expressões Anarquistas em Campinas - Outubro de 2015
XIV Expressões Anarquistas em Campinas – Outubro de 2015

Saudações anárquicas,

A união anarquista Fenikso Nigra vem convidar as pessoas, grupos, coletivos, uniões e associações anarquistas que tenham alguma afinidade e interesse no evento XIV EXPRESSÕES ANARQUISTAS que realizaremos nos dias 10 e 11 outubro de 2015 em Campinas, interior de São Paulo.

De forma breve, a proposta do Expressões Anarquistas é motivar, promover e organizar práticas anarquistas no interior paulista onde a prática e organização anarquista estão em menor intensidade.

O evento contará com uma exposição de materiais anarquistas e está aberto a todas formas de expressão cultural que possam idealizar e apresentar.

Nesse sentido, solicitamos a comunicação prévia para divulgar na programação do evento.

Existe a possibilidade que conforme o interesse dos grupos e pessoas, de realizarmos conjuntamente uma Feira Anarquista, a qual seria a primeira realizada na cidade de Campinas. Mas para sua efetivação, repetimos, que tenha interesse de grupos, coletivos, associações que tenham essa vocação.

A programação proposta previamente é construir as conversas libertárias de forma modular em temas gerais, nos quais as pessoas, grupos, coletivos, associações possam contribuir com suas experiências e vivências de luta. Visamos, acima de tudo que se tenha uma interação entre as pessoas, não só como pessoas espectadoras passivas, mas que possam também contribuir ativamente na troca de informações que motivem a ações e organizações diretas, de base anarquista ou ao menos que sejam consideradas como referência prática de luta por emancipação das pessoas forma geral.

Antecipadamente agradecemos a atenção, contamos com a presença e teremos espaços para hospedagem das pessoas que precisarem.

Saúde e anarquia!

Originalmente publicado em anarkio.net

(Recife) 3ª Jornada de Pedagogia Libertária

A Rede de Informações Anarquistas apoia e compartilha a 3ª Jornada de Pedagogia Libertária, organizada pelo coletivo de agitação e propaganda anarquista Difusão Libertária, a ser realizada em Recife, Pernambuco, entre os dias 13 a 16 de outubro. Nesse sentido, convidamos nossas leitoras e leitores a participar dessa iniciativa, uma experiência de divulgação das práticas e estudos sobre a educação anarquista. Mais informações podem ser encontradas no blog do evento.

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3ª Jornada de Pedagogia Libertária

As Jornadas de Pedagogia Libertária representam o resultado de um esforço que há muito vem sendo gestado pelo Difusão Libertária, e tem como principal objetivo, colaborar para “abrir caminho” à uma abordagem libertária da discussão e da prática em educação.

É  um espaço para facilitar o contato com experiências já realizadas, extintas ou em andamento, bem como engajar-se em iniciativas de educação fora de todo condicionamento dominador das pessoas e grupos sociais; alimentando possíveis condições diretas de desenvolvimento de práticas de educação libertária.

Este ano, o tema provocador é: Anarquismo e Educação Integral. E a partir desta edição, a Jornada será organizada com base em 5 eixos temáticos permanentes, para os quais xs participantes poderão submeter seus trabalhos, a saber:

– Autogestão Pedagógica

– História da Educação Anarquista e da Pedagogia Libertária

– Anarquismo, Gênero e Educação

– Educação Anarquista, Ciência e Sociedade

– Prática Educativa, Sindicalismo e Luta Social


Datas importantes

– Data da 2ª Jornada – 13 a 16 de outubro de 2015
– Data limite para envio dos resumos – 31 de julho 2015
– Comunicação da aceitação – 15 de agosto 2015
– Data limite para a submissão do texto completo – 15 de setembro de 2015 (O não cumprimento deste prazo limite implica a não inclusão do texto na edição impressa da memória)

(Rio de Janeiro) Viabilize a 3ª edição do Jornal Reorganise

A Rede de Informações Anarquistas compartilha e apoia a campanha de solidariedade para a impressão da 3ª edição do Jornal Reorganise, um periódico libertário, autônomo e pela luta antimanicomial situada na ocupação Hotel da Loucura, no Insituto Municipal Nise da Silveira, e que tem como um dos parceiros o pessoal do coletivo Ação Imediata Anarquista (AIA). O evento da campanha pode ser acessado aqui. Vamos colaborar!

Campanha "Viabilize a 3ª edição do Jornal Reorganise"
Campanha “Viabilize a 3ª edição do Jornal Reorganise”

CONVOCAÇÃO DE SOLIDARIEDADE

O Reorganise é um jornal libertário, autônomo e pela luta antimanicomial radicado no Hotel da Loucura, ocupação artística localizada no Instituto Municipal Nise da Silveira.

Nosso trabalho é autogestionado e independente e hoje estamos correndo contra o tempo para colocar na rua nossa 3ª edição, que traz como editorial a Resistência Negra.

Não é à toa. Nós, negros, não temos muito o que comemorar no 13 de maio. O cativeiro não acabou com a Lei Áurea. Dos navios negreiros, passando pelas senzalas, cortiços e favelas, até os trabalhos forçados, humilhações e o cárcere manicomial de nossa realidade presente, sofremos na pele o pérfido controle social de uma sociedade racista e eugenista.

A potência de nossa negritude encarcerada nos “hospícios de terceiro mundo” está impressa nessas páginas.

O jornal está pronto, mas precisamos de toda ajuda e colaboração possível para botá-lo na rua!

Temos até o dia 20 de maio para pagarmos os custos dos serviços gráficos e podermos lançar o jornal durante a Mostra Independente de Arte Negra AFRONTAMENTO, que será realizada no dia 23.

Para mandar sua colaboração, envie uma mensagem para a nossa página ou um e-mail para reorganise[arroba]riseup.net


Leia o histórico da campanha:

  | 30/04 |

Olá, compas!

Hoje completam 13 dias que iniciamos a campanha pra 3a edição!

Bom, pra atualizar a situação:
Recebemos R$ 50,00 de doação e o pouco que conseguimos com vendas de artesanato e sanduíches estão sendo usados para alimentação e custeio das pessoas que integram o impresso.

Portanto, temos hoje um caixa de R$250,00. Nos faltam R$610,00 pra imprimir o editorial sobre NEGRITUDE!

Estipulamos com a gráfica um novo prazo de pagamento até o dia 5 do próximo mês.

Se você acredita na luta autônoma, na luta antimanicomial, na revolução (contra)cultural e pode ajudar, entre em contato conosco!

Estamos disponibilizando uma conta em banco, mas achamos incrível quando as pessoas vem conhecer de perto nosso trabalho.

A gente não pretende desistir!

Ajudem a compartilhar, somem com a mídia livre!

Abraços libertários

– A REDAÇÃO

  | 17/04 |

Março e Abril passaram como um furacão na redação de nosso jornal. Nosso último editorial nos contemplou em nossas vivências de forma contundente. As dificuldades de moradia e de espaços de formação livre são barreiras que desfragmentam a saúde (incluindo a mental), a produtividade e o crescimento dos indivíduos.

É impossível tratar das injustiças quanto ao acesso às necessidades básicas sem priorizar as vozes negras. São essas vozes as protagonistas da luta contra o peso esmagador e vertical do Estado, o sistema capitalista e sua elite branca.

Nesse momento estamos na construção de nossa 3a edição, que traz como editorial a Resistência Negra. Nossa proposta é fazer o lançamento do “Sarau da Redação” juntamente com o do impresso, no Hospital Psiquiátrico Pedro II, o Nise da Silveira.

Cabe lembrar que as construções das pautas, da elaboração dos textos e organização desse editorial e evento foram feitas exclusivamente pelas pessoas negras envolvidas com o Jornal (Re)orgaNISE.

A mídia popular, as pessoas negras artistas, trabalhadoras, estudantes, mulheres, encarceradas, marginalizadas querem falar sobre racismo, identidade e cultura. Querem falar sobre Eduardo e o morro do Alemão e as famílias desabrigadas acampadas na Cinelândia. Querem falar sobre Amaury e Mirian, arte-cientistas do Hotel e Spa da Loucura.

Planejamos um prazo louco de 5 dias para finalizar a edição e juntar o valor necessário para impressão. O valor da gráfica, como tudo na cidade infernal das Olímpiadas 2016, aumentou. Gastaremos agora R$ 860,00 (já com valor do frete) somente com a gráfica. Distribuimos a maior parte do jornal e nosso caixa atual é de R$ 200,00.

O que propomos mais uma vez é uma campanha de arrecadação. Envolvidos atualmente em um novo projeto de ocupação(!), não conseguiremos produzir com nossas vendas o valor total dos R$ 660,00 que faltam.

Nossa convocação é pra chamar as visitas, participações, novos integrantes e colaboradores pra construção de uma Universidade Popular. E o pedido de grana é praqueles que podem e sentem que devem contribuir com a nossa iniciativa.

Disponibilizamos uma conta bancária, para ter acesso é só você nos mandar uma mensagem nessa página, ou enviar e-mail para reorganise[arroba]riseup.net

Pode também compartilhar a campanha e espalhar a mutualidade por aí!

A metodologia da loucura está impressa na história! Vem com nós!

– A REDAÇÃO