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(Chile) Felipe Durán – preso por denunciar violência contra mapuches

FELIPE DURÁN, FOTÓGRAFO CHILENO ESTÁ PRESO HÁ MAIS DE 200 DIAS POR USAR SUA CÂMERA PARA DENUNCIAR AS VIOLÊNCIAS CONTRA COMUNIDADES MAPUCHES NO SUL DO CHILE

Publicado originalmente no Mídia Coletiva

Felipe Durán é um fotógrafo nascido na comuna de Cañete, cidade situada na província de Arauco, Região de Bío-Bío, sul do Chile – Felipe retratou distintos processos da nação mapuche no últimos anos. Marchas, ocupações de terras, repressões, organização de eventos, cerimônias, e fotografou como poucos os verdadeiros impactos do conflito que se vive na região.

Felipe foi detido em companhia de um comunero chamado Cristian Levinao, que se encontrava em clandestinidade despois de ter sido julgado na lei antiterrorismo que criminaliza diretamente Mapuches que estão tomando terras ancestrais das mãos dos latifundiários de Araucanía, principalmente. A polícia alega ter encontrado armas e explosivos em posse deles. Fato que sabemos consta de uma série de ‘montagens’ – flagrantes forjados pelos carabineiros – para criminalizar os que lutam pela autonomía dos movimentos mapuches no sul do Chile.

Felipe segue em prisão preventiva no Centro de Cumprimento Penitenciário da cidade de Temuco. No dia 23 será realizada uma marcha plurinacional da Rede de Defesa pelas Águas e Territórios, e está coordenada por diversas comunidades mapuches e não-mapuches, que dentre outras ações vai fazer um ato na porta do presídio onde Felipe e outros presos se encontram. Leia mais no MapuExpress e acompanhe as transmissões em cadeia de rádios livres que serão realizadas pela comissão de cobertura da marcha e diversos meios independentes.

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Leia esse post do MapuExpress sobre sua prisão e veja algumas fotos de Felipe Durán aqui.

COLETIVOS DE MÍDIA INDEPENDENTE LATINOS ASSINARAM UM MANIFESTO EM APOIO A NAÇÃO MAPUCHE E REPUDIANDO A PRISÃO PREVENTIVA DE FELIPE DURÁN

Nós, comunicadores populares de meios independentes declaramos nossa solidariedade ao fotógrafo chileno Felipe Durán, preso preventivamente no presídio de Temuco por mais de 200 dias, e reafirmamos nosso respeito as comunidades mapuches que resistem ao avanço da criminalização de sua cultura e organização comunitária no território de Wallmapu.

Felipe foi preso por carabineiros em Temuco no dia 22 de setembro de 2015, devido sua colaboração e compromisso política com a luta das comunidades mapuches que estão em risco. Sua câmera esteve a serviço da denúncia das violações de direitos humanos que sofrem os mapuches no sul do Chile, e por isso se converteu ele mesmo em alvo da repressão dos governos.

O governo chileno é funcional e obedece aos interesses das empresas transnacionais na região, e por isso é responsável direto pelos crimes que estão violando os direitos das comunidades indígenas.

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Assim como Felipe, diversos mapuches estão sendo processados pela justiça chilena em um contexto de montagens (flagrantes forjados), que vem realizando o governo contra os indígenas na região. Diversas machis, que são as curandeiras mapuches, também estão presas e processadas com provas falsas da polícia. Outros sofreram atentados contra suas vidas, com o objetivo de silenciar as lideranças que resistem contra as empresas que exploraram eucalipto e celulose, e que contratam empresas para-militares para realizar sua segurança privada, ameaçando e atentando contra a vida dos habitantes das comunidades.

Repudiamos o terrorismo do Estado contra o povo mapuche e somamos nossos meios independentes para desmoralizar o governo chileno e denunciar suas práticas racistas frente aos povos originários.

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(Rio de Janeiro) II Roda de Conversa sobre Rádio e Comunicação Libertária | Tema: Midia-ativismo | Feira da Autogestão + Cineclube

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A Rede de Informações Anarquistas (R.I.A.), com apoio da Ação Direta em Educação Popular (ADEP), tem o prazer de lhes convidar para a nossa segunda Roda de Conversa sobre Rádio e Comunicação Libertária no dia 7 de maio, sábado.

Na primeira roda, ocorrida no final de janeiro, tivemos a presença de pessoas convidadas da Rádio Anarquista de Berlim, da Antena Mutante, projeto audiovisual colombiano, e de uma Comunicadora Comunitária da Maré, em um rico e produtivo debate que contou com pessoas de diversas iniciativas de rádio livre e comunição popular.

Como resultado, ficou a vontade de realizar um segundo encontro, com a possibilidade desse espaço se tornar permamente para podermos realizar nossas trocas e articulações coletivas.

Nesse segundo encontro, o tema principal de discussão será O PAPEL DO MIDIA-ATIVISMO FRENTE A CRISE POLÍTICA NO BRASIL.

Para somar nesse debate, contaremos com a presença de membros dos coletivos de midia-ativismo Mariachi e Mídia Independente Popular (MIC), que juntos integram o portal Mídia Coletiva, além de anarquistas ligados ao Partido Pirata-RJ, movimento que tem como pauta o acesso à informação e do compartilhamento do conhecimento.

Também contaremos com uma novidade!

Após a roda de conversa, teremos uma exibição de curtas junto a uma FEIRA DA AUTOGESTÃO, onde serão vendidos bens produzidos coletivamente, como cerveja e comidas naturais, além de contar com um brechó e venda/distribuição de livros de temáticas libertárias.

COLETIVOS/INDIVÍDUOS CONFIRMADOS PARA A FEIRA DA AUTOGESTÃO:

Brechó da Cooperativa Anarquista de Cirko Outrxs
Biscoitos da Mé
Ateliê Colitê
Pão&Cia
Bazar do ADEP e Comida Vegana
Cerveja Raízes
Cervejaria Molotov
Roça Rio
Imprensa Marginal


|| PROGRAMAÇÃO ||

15h-18h30 _ RODA DE CONVERSA SOBRE MIDIA-ATIVISMO

19h-22h _ EXIBIÇÃO DE CURTAS + FEIRA DA AUTOGESTÃO

O espaço é aberto para a presença de qualquer pessoa, além de suas contribuições.

 Racistas/machistas/sexistas/homofóbicos/transfóbicos/capacitistas/fascistas, entre outras pessoas opressoras, não são bem-vindas.

Local: Sala do ADEP, Rua Visconde de Niterói, 354, Mangueira
Data e horário: 07/05, sábado, às 15 horas

Siga a página do ADEP no Facebook.

Nos vemos lá!

(Rio de Janeiro) Roda de Conversa sobre Rádio e Comunicação Libertária

A Rede de Informações Anarquistas (R.I.A.), com apoio da Ação Direta em Educação Popular (ADEP), tem o prazer de lhes convidar para uma roda de conversa sobre Rádio e Comunicação Libertária no próximo sábado, dia 30 de janeiro.

Contaremos com os seguintes convidadxs para somar na discussão, a qual qualquer pessoa pode chegar para ouvir e dialogar:

  • Rádio Anarquista de Berlim, membro da Federação Anarquista Alemã, rádio virtual que realiza entrevistas e podcasts sobre iniciativas libertárias, não só situadas no território europeu, como também em diversos outros países, como o próprio Brasil, sendo todos disponibilizados em inglês, espanhol e alemão e futuramente em português em seu website.
  • Antena Mutante, projeto colombiano de comunicação, ação direta e experimentação social que funciona desde 2007, o qual visa promover um fluxo horizontal de informações e pessoas, além de produzir material audiovisual sobre o movimento de construção de uma autonomia descentrada do mercado, das instituições, do Estado e da academia.
  • Comunicadora Social da Maré, colaboradora e jornalista que trabalha com comunicação comunitária e possui ampla experiência com iniciativas de rádios e jornais situados no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, além de possuir uma importante discussão sobre a questão da pobreza, da marginalização e da favela.

O espaço é aberto para a presença de qualquer pessoa, além de suas contribuições.

Local: Sala do ADEP, Rua Visconde de Niterói, 354, Mangueira
Data e horário: 30/01, sábado, às 15 horas

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Nem governo, nem direita: Viva a Anarquia!

Nós, como anarquistas da informação, midiativistas/midialivristas, indivíduos comprometidos com a informação livre, método/organização horizontal e no trabalho da contrainformação, entendemos e problematizamos o teor das movimentações de rua recentes, tanto no dia 13 quanto no dia 15 de Março de 2015, como construções que não emanam da vontade real da população pobre, não configuram voz uníssona dos debaixo, não são legítimas para os que realmente sofrem com as realidades impostas e apenas serviram, com alto teor manipulativo, para vigorar a manutenção do Poder, do Estado e do Capital.

Tão logo manifestamos nosso posicionamento, deixamos claro que não haverá cobertura em tempo real destas manifestações e de possíveis continuidades por essa Rede de Informação enquanto houver defesa do Estado e do Capital. Entendemos que, se assim o fizermos, estaremos assumindo lados, fazendo, mesmo que como contrainformação, propaganda dessa manipulação e assim, de forma indireta, nos tornando instrumentos de propagação dessas vias de fato. Apenas tentaremos, como sempre fizemos, problematizar, elucidar e pontuar toda e qualquer informação controversa, mentirosa e manipuladora dos grandes meios de mídia corporativas.

Denunciamos a manipulação das grandes mídias e seu serviço de desinformação, claramente inclinado aos propósitos políticos da direita. Denunciamos a total ausência de notícias sobre a morte de inocentes nas favelas e subúrbios, as contínuas omissões de fatos com o propósito de controle da informação para o povo.

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De baixo para cima, ria você também!

 Rede de Informações Anarquistas – R.I.A

Nota da R.I.A sobre as recentes questões políticas da mobilização contra o aumento das passagens no Rio de Janeiro

É com desalento que nós, enquanto rede midiativista livre e autônoma, vemos e vivenciamos as disputas egoicas que se desenrolam no campo político do Rio de Janeiro. Mesmo com a experiência das revoltas de 2013, onde tornou-se claro que somente a pressão popular nas ruas pode ser capaz de modificar nossa realidade, o que percebemos é a insistência de algumas organizações em se afirmarem como a voz máxima de um povo que mal sabe que as mesmas existem. O século XIX já se foi e aos poucos algumas nuances do passado vão se desvanecendo e dando espaço para novas formas de pensar, agir e, sobretudo, lutar. Afinal, é a luta política cotidiana por uma sociedade justa e livre que nos mantém vivas e vivos, a luta sem os ismos, em especial os ismos fora do lugar, importados de outros tempos e de outras realidades alheios ao contexto local de opressões. Reivindicamos, assim, a busca por uma construção coletiva da liberdade e não um direcionamento a ela, a luta que cada vez mais nos desapega de toda inércia social e que prossegue junto com os de baixo, porque somos os de baixo.

Mas é com prazer que ainda sentimos o ímpeto libertário batendo em nosso peito (e como bate!), suas utopias seguem alimentando corações que já não suportam mais os fracassos das políticas sectárias e do vanguardismo que busca medir quem entre nós é o mais e o menos revolucionário, o que os tornam cegos para as resistências efetivas que tomam lugar cotidianamente nas favelas, nas periferias e nas ruas de nossa sociedade. Cada vez mais essas organizações se distanciam da população, de quem vive na pele o dia-a-dia da exploração assalariada e da prisão social. Precisamos de uma nova arte para pessoas reais, e não insistir em seres fictícios que o imaginário vanguardista julga existir.

É nesse sentido que entendemos o midiativismo como ferramenta de potencialização de quem é silenciada e silenciado, de todas as pessoas cuja fala é abafada; entendemos o midiativismo como ferramenta de construção da liberdade, onde o indivíduo libertário se faz a partir de suas próprias escolhas e não como forma de condução das massas.

Repudiamos toda forma de verticalidade, toda forma de protagonismo vanguardista; repudiamos partidos políticos e seus métodos centralizadores; repudiamos o uso da mídia como forma de manipulação política, o desrespeito ideológico que reproduz formas sectárias que são análogas ao próprio modo de agir do capital; repudiamos o Capitalismo e o Estado, a perseguição política e a criminalização da pobreza, entendendo que a última é um dos grandes males sociais das últimas décadas, condição imperativa que nos inclina de coração e mente abertas a cada dia mais nos sacrificar pela luta libertária e libertadora.

Vemos com enorme tristeza alguns coletivos compactuando e reproduzindo calúnias infundadas contra movimentos que tocam importantes lutas populares, no caso, o Movimento Passe Livre do Rio de Janeiro, calúnias essas fabricadas pelas organizações sectárias e vanguardistas que denunciamos anteriormente. O espanto é perceber que a difamação do MPL-Rio segue lógica similar à forma como a mídia burguesa opera para desmobilizar e criminalizar as lutas populares. Pensam eles estar combatendo o governismo que se infiltra nos espaços de mobilização libertária, mas ao invés de boicotar essa invasão com base na construção organizacional autônoma e no debate político, preferem berrar aos microfones autoritarismos que pedem pela expulsão agressiva de pessoas em espaços que se pretendem abertos.

Lembramos que no I Encontro contra o Aumento da Passagem, alguns homens membros dessas organizações vanguardistas vociferaram agressivamente contra uma pessoa que, apesar de ser afiliada a um partido governista, era mulher. Não nos espanta o machismo contido nas ações de militantes que reproduzem práticas autoritárias. O agravante é que no raiar do dia, o papel do governismo de se infiltrar nas lutas populares com o intuito de desmobilizá-las acaba sendo efetuado por esses supostos revolucionários quando estes decidem caluniar e difamar aqueles com quem eles deveriam estar marchando ombro-a-ombro. Não bastasse a cooptação partidária, a criminalização política e a perseguição midiática, ainda temos que lidar com fogo amigo.

Estamos aqui para contribuir, criar e construir a descentralização dos meios de comunicação e informação para uma sociedade livre e para a autogestão socioeconômica. Priorizamos métodos que contemplem quem não é ouvido, não excluindo qualquer pessoa por divergências ideológicas, mas sim trabalhando de maneira fraternal, horizontal e mútua, desde que respeitadas os princípios básicos da luta libertária.

No mais, esperamos nos vermos nas ruas, junto à população. Nosso inimigo está do outro lado das barricadas!

p1060575            “A las barricadas! A las barricadas!”