A Rede de Informações Anarquistas (R.I.A.), com apoio da Ação Direta em Educação Popular (ADEP), tem o prazer de lhes convidar para a nossa segunda Roda de Conversa sobre Rádio e Comunicação Libertária no dia 7 de maio, sábado.
Na primeira roda, ocorrida no final de janeiro, tivemos a presença de pessoas convidadas da Rádio Anarquista de Berlim, da Antena Mutante, projeto audiovisual colombiano, e de uma Comunicadora Comunitária da Maré, em um rico e produtivo debate que contou com pessoas de diversas iniciativas de rádio livre e comunição popular.
Como resultado, ficou a vontade de realizar um segundo encontro, com a possibilidade desse espaço se tornar permamente para podermos realizar nossas trocas e articulações coletivas.
Nesse segundo encontro, o tema principal de discussão será O PAPEL DO MIDIA-ATIVISMO FRENTE A CRISE POLÍTICA NO BRASIL.
Para somar nesse debate, contaremos com a presença de membros dos coletivos de midia-ativismo Mariachi e Mídia Independente Popular (MIC), que juntos integram o portal Mídia Coletiva, além de anarquistas ligados ao Partido Pirata-RJ, movimento que tem como pauta o acesso à informação e do compartilhamento do conhecimento.
Também contaremos com uma novidade!
Após a roda de conversa, teremos uma exibição de curtas junto a uma FEIRA DA AUTOGESTÃO, onde serão vendidos bens produzidos coletivamente, como cerveja e comidas naturais, além de contar com um brechó e venda/distribuição de livros de temáticas libertárias.
COLETIVOS/INDIVÍDUOS CONFIRMADOS PARA A FEIRA DA AUTOGESTÃO:
Brechó da Cooperativa Anarquista de Cirko Outrxs
Biscoitos da Mé
Ateliê Colitê
Pão&Cia
Bazar do ADEP e Comida Vegana
Cerveja Raízes
Cervejaria Molotov
Roça Rio
Imprensa Marginal
|| PROGRAMAÇÃO ||
15h-18h30 _ RODA DE CONVERSA SOBRE MIDIA-ATIVISMO
19h-22h _ EXIBIÇÃO DE CURTAS + FEIRA DA AUTOGESTÃO
O espaço é aberto para a presença de qualquer pessoa, além de suas contribuições.
Racistas/machistas/sexistas/homofóbicos/transfóbicos/capacitistas/fascistas, entre outras pessoas opressoras, não são bem-vindas.
Local: Sala do ADEP, Rua Visconde de Niterói, 354, Mangueira
Data e horário: 07/05, sábado, às 15 horas
No dia 22 de novembro de 2015 fui até o espaço da cerveja Raízes encontrar alguns amigos midiativistas que participam de um movimento de cerveja artesanal. Mais que uma alternativa ao milho transgênico da AMBEV e outras grandes marcas transnacionais, a cerveja artesanal também revela um potencial de trabalho cooperativado que se coloca como mais uma prática autogestiva, de faça você mesmo, e que pode revelar outras formas de produzir, distribuir e auto sustentar.
Entre conversas, brassagens e degustações, passamos a tarde papeando sobre como tomar os meios de produção, desmistificar o tecnicismo produtivo, resignificar a logística de distribuição, e principalmente compartilhar o processo de produção como uma alternativa de sustentabilidade aos movimentos sociais e resistências comunitárias.
Saúde!
Victor Ribeiro: O que é a Cerveja Raízes?
Ernesto: É a forma que encontramos de tomar os meios de produção pra nós. Todos nós do coletivo somos midiativistas, e pensamos em criar uma cooperativa de cerveja para buscar nossa autonomia econômica e também poder financiar nossa ação com a comunicação. Com a intenção de quebrar com o monopólio capitalista de produção de cervejas mas também como uma forma de sobrevivência. E sobretudo construir uma plataforma pra mostrar para as pessoas que não é tão difícil fazer a própria cerveja. É importante que outras pessoas também consigam produzir e possam ter na produção artesanal na cerveja alguma alternativa econômica.
Local do evento: Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO) | Endereço: Avenida Passos, 34, Centro, Rio de Janeiro
| QUINTA-FEIRA | 4 de junho | Primeiro dia |
(A partir das 9 horas) Chegada e alojamento
(18:30h) Conferência de Abertura: Federalismo Anarquista
| SEXTA-FEIRA | 5 de junho | Segundo dia |
(09:00 a 12:30h) Roda de Conversa I: Conjuntura nacional e internacional
(12:30 a 13:00h) Intervalo para Almoço
(13:00 a 18:30h) Grupos de Discussão: Pedagogia Libertária | Privacidade Web/celular | Assembleias Populares Horizontais no Rio de Janeiro | Comunicação comunitária/Resistência Favelada
(18:30 a 19:00h) Intervalo para Descanso
(19:00 a 21:30h) Roda de Conversa II: Gêneros, sexualidades e Anarquismo
| SÁBADO | 6 de junho | Terceiro dia |
(09:00 a 12:30h) Roda de Conversa III: Anarquismo nas regiões brasileiras e na América
(12:30 a 13:00h) Intervalo para Almoço
(12:40 a 13:30h) Lançamento do Livro Anarquismo é Movimento – Anarquismo, Neoanarquismo e pós-anarquismo de Tomás Ibáñez e bate-papo com Sérgio Nobre, tradutor do mesmo
(13:30 a 19:00h) Fórum Geral: Cartas e relatorias
(19:00 a 21:30) Feira da Autogestão, com participação de diversos indivíduos, coletivos e organizações de todo Brasil e de outros países
| DOMINGO | 7 de junho | Quarto dia |
Dia livre para trocas e conversas
Partida dos indivíduos e coletivos participantes do Fórum
(12:30 a 13:00h) Almoço
Apresentação
O I Fórum Geral Anarquista é aqui considerado como espaço de encontro, conversas, análises, discussões, registros, trocas, sugestões, celebrações. Notadamente, este fórum que realizaremos no Rio de Janeiro terá uma estrutura vertical e uma horizontal. Na forma vertical, uma pauta pré-definida, de convergência e atenção comuns, será pensada e debatida por todos numa Conferência de Abertura, cuja apresentação se dará por meio de mesa com conferencistas exibindo seus estudos-experiências e o público, logo em seguida, realizando considerações ou questões. Em formato misto, as Rodas de Conversas serão constituídas de duas pessoas responsáveis pela relatoria e equilíbrio entre tempo-audição enquanto todos os integrantes de cada Roda abordam temas macro (também pré-definidos) de forma horizontal. A estrutura horizontal contará com os Grupos de Discussão que poderão ser propostos pelos indivíduos e coletivos que participarão do fórum. Em cada Grupo, um de seus proponentes fará relato do que for discutido, para que no último dia de debates possamos realizar o Fórum propriamente dito, onde, com apoio e assistência de coletivos realizadores do evento, serão apresentadas as relatorias das rodas de conversa e dos grupos de discussão. Será um momento importante para propostas dos participantes e mesmo a elaboração de uma ou várias cartas sugeridas.
Ao término do evento, realizaremos a Feira da Autogestão, espaço que se destinará à apresentação de iniciativas autogestionárias e a troca de experiências entre seus idealizadores. Sendo assim, todo e qualquer indivíduo/coletivo que produz material (alimentos e bebidas, conteúdo gráfico, editoras, bazares, feiras agrícolas/orgânicas, etc) ou que incentiva/defende/pensa a autogestão pelo viés libertário terá neste espaço a oportunidade de apresentar seus trabalhos.
Objetivos do Fórum
Promover o encontro de anarquistas no Brasil que possuem inclinação federalista; trocar experiências e conhecer estudos realizados por companheiros e companheiras país adentro; equalizar entendimentos; acordar e realizar ações pontuais locais e/ou gerais; pautar as questões de gênero e sexualidade no campo anarquista; analisar e discutir a conjuntura social, econômica e política brasileira e mundial (crise econômica, terrorismo de estado, perseguição política, arrocho dos trabalhadores, criminalização política e jurídica da pobreza, crise da água, segurança/auto sustentabilidade alimentar e energética, especulação imobiliária, manutenção dos latifúndios rurais, autogestão e descentralização das mídias, movimentos sociais, movimentos populares, sindicalismo, centros de cultura social); conhecer e conversar sobre o federalismo anarquista e elaborar passos efetivos para criação de uma federação ou federações regionais anarquistas.
A Escola Normal Rural Ayotzinapa é um modelo popular, auto-gerida, de educação horizontal e consciente digna de admiração.
Ela tem suas origens em um projeto do governo de Lázaro Cárdenas na década de 20 do século passado, que visa difundir a educação através da criação de escolas normais que permitem formar professores rurais.
É assim que em 1926 é fundada a Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos (que é o seu nome oficial), que foi mantida, apesar de uma série de eventos e processos históricos envolvendo-a, um verdadeiro gesto de resistência é baseado nos dias de hoje. Constantemente atacado pela caráter combativo e altos níveis de consciência política de seus alunos, a Escola Normal Rural Ayotzinapa tem enfrentar tanto a repressão quanto a indiferença das autoridades. Na segunda forma de agressão, realizada principalmente pela negação de financiamento, é que os estudantes e professores normalistas desenvolveram formas de auto-gestão, onde são protagonistas de angariação de fundos para as despesas escolares e pessoal de apoio.
Texto de um companheiro e colaborador da RIA no México.