Muitos associam a liberdade com o voar dos pássaros mas até essa forma simbólica, se observamos com cuidado, nos mostra que a liberdade é fruto de ações pelo meio. Sua limitação, sua ilimitação, velocidade, deslocamento, grandeza e etc, são fatores físicos naturais que intervém diretamente e nos esclarecem, pela visão natural, que tudo está associado para seguir um fluxo onde a diferença na soma final dos vetores se equilibrem e seja plena, ou seja, a liberdade.
Vamos analisar o vôo de um pássaro: Já paramos para nos perguntar por que o pássaro, quando no seu vôo, não se desloca infinitamente para fora do espaço terrestre? Isso não acontece, pois existe uma força gravitacional que o puxa para baixo e o “prende” a terra. Por que muitos pássaros preferem migrar de forma coletiva a individual? Pois o atrito do ar contrário ao seu rumo é maior quando apenas um se desloca e menor, devido ao revezamento e vácuo gerados pelo vôo, em conjunto, proporcionando assim um melhor deslocamento e priorizando a vida de cada um ali mutuamente.
E o que a liberdade tem a ver com isso?
A analogia do vôo do pássaro nos mostra que o simples fato de não estar preso a um meio é a liberdade em si. E também que esse mesmo meio é o meio no qual buscamos a liberdade. Se pudéssemos voar a nossa liberdade, por analogia, seria a terra. Os meios são diferentes, a natureza é extremamente complexa nas suas formações químicas e físicas, e mesmo assim ela consegue ser livre. Ou seja, exercer sua liberdade de forma plena contemplando, dentro do seu infinito meio de diferenças, todas as formas de liberdade, onde todas elas se apóiam gerando aquilo que chamamos de caos, (por não ter definições teóricas matemáticas) mais conhecido também como liberdade.
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