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(Marselha) Breve reportagem da manifestação selvagem noturna de 16 de Abril

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Fotos da Action Française [Ação Francesa] na Rua Navarin

Depois de muitas horas sentadxs no Noite de Pé [NuitDeBout], algumas pessoas tomaram a palavra para apelar a uma partida em manifestação selvagem. Grande parte da assembleia levantou-se para uma caminhada pela cidade…

Cerca das 23:30 duas centenas de pessoas descem a Rua Estelle aos gritos de “greve, bloqueio, manifestações selvagens”, “Marselha, de pé, levanta-te”, “lei, trabalho, retirada dos dois”. A manifestação dirigiu-se para o local do PS, que se encontra recoberto de palavrinhas, e cujas janelas se encontram altamente blindadas. Quase sem pausa, partiu-se para o pequeno local da frente nacional, bem escondido, perto da Praça Castellane. Lojas fechadas e alguns transeuntes incentivando a manifestação, aproximando-se e até a acompanhando num pequeno trajeto.

Reinicia-se em direção à baixa, desta vez pela Rua Navarin. E desta vez os fachos da Ação Francesa não têm a polícia anti-motim para proteger a sua sede. Sede na qual as janelas não são blindadas e onde a porta foi rapidamente destruída aos gritos de “Chega de fachos nos nossos bairros, chega de bairro para os fachos”  e com os sorrisos dxs habitantes do bairro – que vêem tudo o que se está a desenrolar – a acompanhar-nos.

Ainda a gritar palavras de ordem contra a lei El-Khomri, trabalho e polícia, a manifestação rapidamente atingiu a baixa, depois Cours Julien, onde o Noite de Pé seguiu o seu curso.

em francês via Marseille Autonomous Info  l  inglês

(Rio de Janeiro) Relato de um professor da rede estadual sobre a Greve da Educação de 2016

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Passeata dos/as servidores/as da educação em 2016

No dia 2 de Março de 2016 teve início a greve da Rede Estadual de 2016 no Rio de Janeiro.

Entre as reivindicações da greve de 2016 estão algumas pautas clássicas de toda a classe trabalhadora ao longo da história, como questões salariais e de condições de trabalho. Mais especificamente na rede estadual alguns direitos trabalhistas que estão sendo ameaçados nos últimos tempos pela gestão PMDB que governa o Estado há tempos. Alguns exemplos são o congelamento do reajuste salarial por dois anos (2015 e 2016) para a área da educação e saúde.

Outros casos são as implementações autoritárias de políticas meritocráticas que ano após ano vem deixando a categoria cada vez mais insatisfeita, com menos autonomia pedagógica e com mais trabalhos extraclasse, e permanecendo a receber salários muito baixos. Professores de Sociologia e Filosofia possuem apenas um tempo por semana nas turmas de 1º e 2º ano, tendo que percorrer várias escolas para completar a carga horária, precarizando ainda mais suas condições de trabalho com as obrigações burocráticas de tais políticas de meritocracia da Secretaria de Educação.

Fora isso, direitos básicos como salários em dia estão sendo alterados e fatores previdenciários podem subir sem consulta aos servidores do Estado. Isso em um cenário de 0% de reajuste e aumento da Previdência Social nos bolsos dos funcionários da educação e de outros serviços públicos pode ocasionar uma real diminuição de salários.

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(Rio de Janeiro) Um relato sobre o ato-greve dxs servidorxs públicos e contra o peleguismo sindical | 2 de Março de 2016

Em um dia que começou muito antes do 2 de Março, alunas e alunos, professoras e professores, servidores do Estado e apoiadores tomaram as ruas do Centro da cidade do Rio de Janeiro protestando e reivindicando seus direitos mais básicos, como salário e educação, em um protesto que não se limitou apenas ao centro da cidade tento em vista manifestações de alunos e professores em diversas escolas por todo o Estado.

Profissionais da Educação lotaram o espaço da Fundição Progresso em assembleia realizada no dia 2, enquanto alunos de diversas outras escolas estaduais tomavam por completo as escadarias da Câmara dos Vereadores na Cinelândia. Era de dar gosto ver como os estudantes estavam engajados na luta.

As 15h seguiram todas para o encontro nas escadarias da Alerj, tomando a por completo (não só as escadarias mas as ruas da Av. 1° de Março). Era notável o número de pessoas ali, que se nos é permitido arriscar tomava proporções de cerca de 10 mil pessoas.

O ato seguiu até a Cinelândia e teve o seu término em frente à Câmara dos Vereadores. Nesse momento, vaias intermináveis foram ouvidas em toda a região devido ao fato do carro de som (do sindicato) ter puxado o Hino Nacional. Não satisfeitos com tamanha burrice, pois ali não havia espaço para nacionalistas, os dirigentes do sindicato, tomados pelo poder que o microfone lhes dá, tiveram a audácia de agradecer à polícia militar pela escolta e segurança no ato.

Destacamos aqui um comentário muito lúcido sobre o ato de ontem que coletamos na internet:

“Ontem o ato foi incrível.

Mas no Final, o sindicato pelego (normal os sincatos serem assim) fez vergonha!

Agradecer a PM?

Vocês esqueceram o que a PM fez com os professores em 2013?

E vocês se lembram pra quem vocês foram pedir ajuda?

E quem deu o sangue literalmente por vocês?

E cantar o hino?

Está de brincadeira, só faltou a selfie com a PM e pedir para o próximo ato a galera ir com a camisa da CBF!

Uma hora o pezão vai mandar a PM agir com truculência, pois isso é normal, e sempre aconteceu!

Ai vocês lembraram quem está realmente ao lado de vocês.”

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(Rio de Janeiro) Coletivo Negro Carolina de Jesus e as atividades de Greve na UFRJ

Na última sexta-feira, 12 de Junho, o Coletivo Negro Carolina de Jesus – UFRJ realizou uma reunião aberta para todas as negras e negros da universidade, a fim de se discutir o movimento negro dentro da UFRJ e a importância de sua organização para levar a mobilização estudantil ao campo real das desigualdades econômicas e sociais e como este movimento pode dialogar dentro e fora dos espaços universitários.

A reunião, que contou com a participação de, aproximadamente, 40 pessoas, entre negras e negros da UFRJ, UFF, UERJ, UFRRJ e de outros espaços, conseguiu sintetizar em algumas horas de falas e narrativas diversas um pouco da dor que vive os estudantes negros e negras, pobres e precarizadas que hoje tentam se manter num curso de ensino superior. Os presentes entraram em consenso sobre a necessidade do ENEGRECIMENTO das universidades, ou seja, da necessidade de lutarmos pelo respeito e existência da cultura negra e da possibilidade de seu acesso às populações negras de toda a cidade.

Tendo como norte uma racialização necessária para radicalizar a luta pela assistência e permanência estudantil nas universidades, o coletivo deliberou diversas atividades pelo campus da UFRJ, além de fortalecer e potencializar o vínculo com coletivos negros de outras instituições. Os diálogos também demonstraram a necessidade de uma construção livre e autônoma dentro do movimento estudantil, uma vez que as principais instâncias representativas estão aparelhadas por partidos políticos que NÃO contemplam as falas das negras e negros na universidade. Segue abaixo um calendário resumido, publicado pelo coletivo e que contém as principais atividades desta semana:

Oficina para Confecção de Mural Negro no IFCS
https://www.facebook.com/events/704987536313833/

Encontro Geral de Negras e Negros da UFRJ
https://www.facebook.com/events/1651040505115052/

Roda de Conversa na Medicina: Saúde do Povo Negro
https://www.facebook.com/events/1084997594861691/

Para saber mais sobre o Coletivo Negro Carolina de Jesus, acesse a sua página

Carta de Princípios do Coletivo

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