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(Brasil) Entre a farsa do pacto social e a tragédia golpista: só a luta de classes decide!

 entre-a-farsa-do-pacto-social-e-a-tragedia-golpi-120 de março de 2016

Manifestamos aqui nossa posição, das e dos anarquistas da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB), diante do agravamento no cenário de disputa feroz entre os setores dominantes pela direção do poder político nacional.

Os expedientes usados pelo juiz Sergio Moro, a Polícia Federal e o MPF, combinado com o espetáculo orquestrado pelos oligopólios da comunicação, em especial a rede Globo, desde a condução coercitiva de Lula até os grampos vazados em paralelo a sua nomeação como ministro, são descritivos de uma luta cada vez mais agressiva pela máquina do Estado.

A direita opositora ao governo do PT se vale da judicialização da política e de toda produção do discurso seletivo e criminalizador da mídia para atuar numa “zona de fronteira” dos marcos constitucionais do direito democrático burguês. Em meio a esse cenário, têm sido comuns entusiasmadas manifestações oportunistas de setores da esquerda anti-governista com pretensões eleitorais em torno da judicialização da política. Ao contrário do que sugere estas manifestações, a judicialização da política não guia para a esquerda, muito menos para uma “revolução política”. Sugerir isso demonstra o retrocesso de expectativas e horizonte estratégico e um esvaziamento de significado que faz do que se entende historicamente por “revolução”, uma infantil bravata para ser agitada de forma torpe nas redes sociais. O oportunismo que hoje abraça esse espetáculo abre caminho para a capitulação de amanhã. Trágicos exemplos que seguiram essa via não nos faltam.

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(Machismo) Sobre a carta pública contra agressões machistas em organizações especifistas da Coordenação Anarquista Brasileira

Minhas ressalvas: a carta em si já é uma excelente iniciativa, já que muito raramente organizações anarquistas reconhecem publicamente atos de machismo.

Porém o que incomoda bastante é a sensação de que a carta foi lançada somente para colocar panos quentes.

O texto fala de “casos” de agressões machistas mas não especifica em nenhum momento o que motivou a escrita do mesmo. Tampouco expõe os agressores machistas, deixando-nos a duvidar do tipo de tratamento que foi dado a essas agressões (não se fala de método prático algum para lidar com essas denúncias).

Outra questão, talvez a mais pertinente é: quem escreveu essa carta? Foi um coletivo de mulheres formado por membrxs de organizações integrantes da CAB? Uma comissão formada para isso? Isso não está nada claro.

Tendo em vista o peso do lugar de fala, como mulher anarcafeminista, considero de extrema importância que esta carta fosse escrita por quem de fato viveu essas agressões para esperar o mínimo de contundência no tratamento dessas denúncias e uma real desconstrução de atitudes machistas no seio da CAB.

Por D.


Segue abaixo a carta na íntegra (original aqui):

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