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(Comunicado) Esta bandeira na verdade já é vermelha

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Vermelha do sangue dos indígenas massacrados desde o tempo dos descobrimentos, até hoje pelos jagunços dos pecuaristas e das mineradoras. Vermelha do sangue dos povos africanos escravizados até o século 19 e até hoje marginalizados, violentados e assassinados pela polícia. Vermelha do sangue daquelas pessoas que lutaram pela liberdade e foram brutalmente torturadas e assassinadas por governos autoritários como o dos militares, apoiados pelas elites e pela grande imprensa. Vermelha do sangue das mulheres e homossexuais vítimas do patriarcado e do machismo. Vermelha do sangue de todas pessoas (até crianças) que foram sumariamente executadas pelas polícias ou milícias que agem em nome das “pessoas de bem”.

Por um mundo sem bandeiras e sem fronteiras!

Coletivo Gralha Azul

gralhaazul@riseup.net

 

(IFA) Comunicado da International de Federações Anarquistas | Dezembro de 2015

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A reunião da Internacional de Federações Anarquistas (IFA) em Milão (28/29.11. 2015) reafirma sua oposição a todas às guerras e exércitos.

São os Estados que vendem as armas que vão exterminar a população no futuro. Intervenções militares, sejam diretas ou indiretas, são uma das principais causas de desestabilização social em regiões do mundo (por exemplo, Líbia, Síria, Iraque, Somália, etc.). Estas intervenções favorecem grupos armados, estruturas mafiosas e tráfico de exploração.

As populações civis que sofrem com esses conflitos são obrigadas a fugir, refugiando-se em acampamentos precários ou tentar a sua sorte em muitas viagens mortais e perigosas para a Europa.

Expressamos nossa solidariedade com os imigrantes que estão chegando na fortaleza Europa para fugir da guerra, de situações económicas insurportáveis e condições desumanas.

Sentimentos nacionalistas e a normalização do militarismo estão em ascensão em resposta a uma combinação de migração em massa, ataques terroristas e guerra.

Nós opomos fortemente a esse processo e lutaremos por um mundo sem fronteiras e Estados.

Estados utilizam a guerra em seus próprios territórios para identificar um inimigo dentro que, então, precisa ser reprimido, e colocam em prática um estado exceção e leis de emergência. Na verdade, isso serve para atacar os movimentos sociais e da liberdade das pessoas. Essa situação também está sendo usada para reforçar as medidas de austeridade.

Lutamos contra a violência religiosa e estatal. Nós não aceitamos convites à formação da “unidade nacional” em nome de uma guerra contra o terrorismo.

Nós conhecenhos os nossos verdadeiros inimigos, eles são:

  • nationalismo;
  • fundamentalismo religioso;
  • opressão capitalista;
  • militarismo;
  • racismo;
  • Estado.

Nessa situação nós oferecemos nosso apoio a todas as vítmas da violência religiosa e estatal ao redor do mundo. Nós convocamos as populações para resistir à propaganda xenofóbica e para construir novas formas de solidariedade.

International de Federações Anarquistas, Milão, 15 de Novembro, 28/29.

Original em inglês.