(Rio de Janeiro) Coletivo Negro Carolina de Jesus e as atividades de Greve na UFRJ

Na última sexta-feira, 12 de Junho, o Coletivo Negro Carolina de Jesus – UFRJ realizou uma reunião aberta para todas as negras e negros da universidade, a fim de se discutir o movimento negro dentro da UFRJ e a importância de sua organização para levar a mobilização estudantil ao campo real das desigualdades econômicas e sociais e como este movimento pode dialogar dentro e fora dos espaços universitários.

A reunião, que contou com a participação de, aproximadamente, 40 pessoas, entre negras e negros da UFRJ, UFF, UERJ, UFRRJ e de outros espaços, conseguiu sintetizar em algumas horas de falas e narrativas diversas um pouco da dor que vive os estudantes negros e negras, pobres e precarizadas que hoje tentam se manter num curso de ensino superior. Os presentes entraram em consenso sobre a necessidade do ENEGRECIMENTO das universidades, ou seja, da necessidade de lutarmos pelo respeito e existência da cultura negra e da possibilidade de seu acesso às populações negras de toda a cidade.

Tendo como norte uma racialização necessária para radicalizar a luta pela assistência e permanência estudantil nas universidades, o coletivo deliberou diversas atividades pelo campus da UFRJ, além de fortalecer e potencializar o vínculo com coletivos negros de outras instituições. Os diálogos também demonstraram a necessidade de uma construção livre e autônoma dentro do movimento estudantil, uma vez que as principais instâncias representativas estão aparelhadas por partidos políticos que NÃO contemplam as falas das negras e negros na universidade. Segue abaixo um calendário resumido, publicado pelo coletivo e que contém as principais atividades desta semana:

Oficina para Confecção de Mural Negro no IFCS
https://www.facebook.com/events/704987536313833/

Encontro Geral de Negras e Negros da UFRJ
https://www.facebook.com/events/1651040505115052/

Roda de Conversa na Medicina: Saúde do Povo Negro
https://www.facebook.com/events/1084997594861691/

Para saber mais sobre o Coletivo Negro Carolina de Jesus, acesse a sua página

Carta de Princípios do Coletivo

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