Apartheid social é a método de violência que mantém o sistema de opressão com base na classe e na raça. A cidade do Rio de Janeiro conhecida internacionalmente por sediar megaeventos também está se aprofundando no processo de higienização social que consiste na expulsão e fragmentação das milhares de famílias que vivem no entorno da cidade suburbana e nas favelas. Uma das medidas que mais afrontam é a seletividade penal, pois é um ataque a auto-estima, subjuga e criminaliza jovens negros e pobres os impedindo de frequentar livremente bens públicos como a praia, por exemplo, porém, este espaço deve sim ser ocupado por todxs.
Esta violência traz muito impacto à cidade , moradorxs antigxs de regiões especuladas são jogados compulsoriamente para o outro lado com as remoções e jovens são afastados da convivência como ocorreu há duas semanas quando alguns ônibus vindos da zona norte foram vistoriados antes de chegar à praia, assim, a desigualdade fica muito mais acentuada e clara em seu propósito de jogo de interesses numa sociedade capitalista.
Este ciclo se retroalimenta na manutenção dos desiguais porque, de uma forma ou de outra, eles são consumidores e quando deixam de cumprir este papel produzem outra margem de lucro também às suas custas, pois os poderosos se apropriam de uma imagem estigmatizada que se vende na grande mídia.
Não ao Apartheid Social e em defesa da população pobre e negra das favelas!
Veja as notícias sobre o recolhimento de adolescentes negros a caminhos das praias na Zona Sul do Rio no Jornal Extra e no Brasil 247.
“Este texto está escrito em linguagem não sexista, quer dizer, não vamos usar o masculino para representar um grupo misto, por exemplo ‘os trabalhadores’. Assim, usamos o X para indicar que o gênero é indefinido, por exemplo: ‘xs trabalhadorxs’. Quando isso não for possível, usaremos a palavra feminina, por exemplo ‘algumas’.”