Por Vinícius Soh
Respeito as distâncias
Como quem se benze ao sinal
De cemitérios
De Igreja
Não peço benção
Não sou a única voz do coral
Nem pretendo ser só um
Nem pretendo ser a sua
Veja
Calo-me às vezes
Menos porque tenho nada a dizer
Mais porque aprendi escutar
Quem devo escutar
E ouço.
Também me calo se quem fala é o mar
Devido a eloquência:
Aprendi
Que tanto o grito
Quanto o sussurro
Causam rouquidão
Que seja o primeiro
Paciência
“Saiba quem é nosso inimigo
Por vocação –
Ganhe tua vida
Abrindo janelas”
Caibo
Se não coubesse coragem
Que seria feito devera?
Quantos receios? Quantos aparos?
Eu caibo em mim
Que o resto se ajeite pro lado
Sorrio
Conforme o voo te avisto
Acenando verdade
Entre as nuvens no espaço
Adquirir um vício
Que nos liberta
Convém
Concluí
Que a gravidade
É só a Terra
Nos chamando pro abraço
Amém