Em um país que só se governa para os de cima, qualquer faísca que possa gerar insurgência, desobediência civil, empoderamento do pobre e precarizado, das minas, das negras e negros, de todo um povo constantemente oprimido pelo Estado é motivo silenciamento e censura.
O Coletivo de Midiativismo Mariachi, nascido durante as revoltas de 2013 no Rio de Janeiro, se torna agora um alvo constante dessa forma de censura, pois se inclinou justamente no trabalho de dar voz a todas aquelas e aqueles cerceados de liberdade, na denúncia dos privilégios, na destruição do Estado, na exposição de partidos políticos na sua busca egoística por poder e por isso e outras formas está sendo constantemente amordaçado pela mão pesada desse sistema opressor.
Isso só prova que a auto organização, a coletividade, o trabalho autônomo de indivíduos juntos incomoda a máquina do poder, incomoda aqueles que querem manter a mansidão do povo, continuar os explorando e também prova que o trabalho segue no caminho certo!
Mas cabe aqui também lembrar que a censura não é exclusiva ao Mariachi, vale que jornais comunitários, rádios de favelas, coletivos de mídia de comunidades precarizadas e todos que se levantam em zonas pobres da inúmeras cidades do país são também impedidos, silenciados e muitas vezes, de forma muito mais impositiva do que a derrubada de suas páginas no Facebook, são calados com a ponta do fuzil em suas cabeças, usurpados do seu ir e vir dentro das comunidades por agentes de repressão, tem suas famílias ameaçadas e muitas vezes amigos e familiares mortos por estarem denunciando o Estado.
Damos aqui nosso apoio não só ao Coletivo Mariachi, mas para todas e todos que empunham a informação como arma para a destruição do Estado e são sorrateiramente calados e impedidos de ter voz.
#VoltaMariachi