“ENTRETANTO, OS CURDOS EXISTEM.” ABDULLAH ÖCALAN
A palavra Curdistão pode ser remetida à palavra suméria kurti que, há milhares de anos, significava algo parecido com “povo da montanha”. Desde então, a luta dos curdos pela sua existência atravessou um longo caminho até os dias atuais, quando vemos circulando pelo mundo imagens de mulheres curdas lutando nas montanhas com seus sorrisos e armas que se tornaram símbolos de resistência. Podemos dizer que a grande repercussão dessa luta hoje (assim como sua força e beleza) está ligada, dentre outros fatores, ao seu aspecto libertário. Diferente de uma ideia comum relacionada às lutas dos povos minoritários, o movimento de libertação curdo não busca construir um novo Estado. Atravessando a questão étnica, mas indo além dessa, o movimento apresenta uma proposta, que está sendo experimentada nos territórios liberados, de ruptura radical com a modernidade capitalista: o Confederalismo Democrático.
ATUALMENTE, O POVO CURDO É UM DOS MAIORES POVOS SEM ESTADO, COM CERCA DE 30 MILHÕES DE PESSOAS CONCENTRADAS, PRINCIPALMENTE, NA REGIÃO DO CURDISTÃO, QUE ABRANGE UMA PARCELA TERRITORIAL DOS ESTADOS DA SÍRIA, IRAQUE, TURQUIA E IRÃ, COM QUEM MUITOS GRUPOS ESTÃO EM CONFLITO HÁ DÉCADAS.
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